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Após evento em comemoração aos 80 anos do Dia D na quinta-feira (foto), presidentes da Ucrânia e dos EUA se reuniram em Paris nesta sexta
Após evento em comemoração aos 80 anos do Dia D na quinta-feira (foto), presidentes da Ucrânia e dos EUA se reuniram em Paris nesta sexta| Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta sexta-feira (7) desculpas ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo atraso na aprovação do importante pacote de ajuda militar de seu país e anunciou uma nova atribuição no valor de US$ 225 milhões.

Biden e Zelensky se reuniram em Paris, onde se encontram para a celebração do 80º aniversário do desembarque na Normandia.

“Os Estados Unidos estarão ao seu lado”, disse Biden ao manifestar seu pesar pelo atraso de vários meses na aprovação do pacote de quase US$ 61 bilhões, que finalmente recebeu aprovação da Câmara dos EUA em abril, após meses de bloqueio.

“Peço desculpas pelas semanas em que não sabiam o que iria acontecer com o financiamento porque tivemos problemas com a aprovação do projeto de lei”, disse o presidente americano.

“Alguns dos membros muito conservadores [da Câmara dos Representantes] o estavam bloqueando, mas finalmente conseguimos aprová-lo”, acrescentou Biden.

A Câmara dos Estados Unidos aprovou em abril um pacote de US$ 95 bilhões para fornecer ajuda militar à Ucrânia, Israel e à região do Indo-Pacífico (incluindo Taiwan).

Anteriormente, o Congresso americano já havia aprovado o envio de US$ 113,4 bilhões de ajuda à Ucrânia para a guerra contra a Rússia.

Porém, a destinação de mais recursos foi travada durante meses por parte da oposição republicana na Câmara (maioria na casa), que questionava o excesso de gastos da gestão Biden e cobrava medidas mais duras para o combate à imigração ilegal na fronteira com o México.

No encontro com Zelensky em Paris, Biden também mostrou sua admiração pela resistência da Ucrânia: “Vocês não se curvaram, não cederam de forma alguma. Vocês continuam lutando de uma forma extraordinária”, elogiou.

Zelensky agradeceu a Biden pelo “tremendo apoio” e, dentro do tom dos discursos destes dias na França, comparou-o à ação dos Estados Unidos na libertação da Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

“Contamos com a continuidade de seu apoio e com sua presença conosco”, acrescentou. O apoio de Washington mostra aos ucranianos “que não estamos sozinhos”, destacou.

O presidente ucraniano considerou “muito importante” a unidade que finalmente se manifestou no Congresso e que “todo o povo americano está com a Ucrânia”.

Ele também agradeceu que a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, seja a representante de Washington na reunião sobre a paz na Ucrânia organizada pela Suíça este mês, com a presença de mais de cem países e organizações internacionais.

Fontes da Casa Branca indicaram que a nova ajuda de US$ 225 milhões, parte do pacote de US$ 61 bilhões, será usada para fornecer mais munições, também para defesa aérea contra ataques russos à rede elétrica ucraniana.

Zelensky esteve presente em um evento no litoral norte da França, na quinta-feira (6), em comemoração aos 80 anos do Dia D, o desembarque dos Aliados na Normandia que iniciou a virada na Segunda Guerra Mundial.

Na ocasião, Biden comparou a luta contra os nazistas ao conflito atual na Ucrânia e chamou o ditador da Rússia, Vladimir Putin, de tirano. Ao contrário da comemoração de 70 anos do Dia D, em 2014, Putin não foi convidado para o evento este ano. Nesta sexta-feira, além do encontro com Biden, Zelensky foi recebido no Palácio do Eliseu pelo presidente francês, Emmanuel Macron. (Com Agência EFE)

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