O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ressaltou nesta sexta-feira, 19, a importância da parceria transatlântica entre seu país e a Europa, prevendo que a competição com a China "será dura". Biden tratou de sua plataforma de política externa em evento virtual da Conferência de Segurança de Munique, no qual considerou que há em andamento uma "disputa estratégica de longo prazo" com Pequim.
"Envio uma mensagem clara ao mundo: a América está de volta e a parceria transatlântica também", afirmou Biden. Na avaliação dele, há uma disputa em andamento no mundo entre aqueles que continuam a defender a democracia como o melhor regime para enfrentar os desafios atuais e os que preferem uma autocracia.
Sobre a China, ele comentou também que os EUA tomarão posição contra "abusos econômicos" do país, enfatizando que todos precisam seguir as regras globais.
Biden mencionou a Rússia, atribuindo ao país ataques com "hackers", nos EUA e na Europa. Enfrentar essas ações também é um desafio importante, considerou. O presidente americano disse que defende a integridade territorial da Ucrânia, um desafio a Moscou após os russos terem anexado a região da Crimeia em 2014. Segundo Biden, alguns tentam passar a imagem de que outros países são tão corruptos quanto a Rússia, mas isso não é verdade.
Em sua fala, Biden também tratou do Irã. Ele disse estar disposto a retomar negociações multilaterais sobre o acordo multilateral com Teerã, mas reagirá a "ações desestabilizadoras" do país persa no Oriente Médio.
Biden disse que não deseja conflitos, "mas que os países possam determinar seus caminhos sem sofrer ameaças. Ele enfatizou a importância da cooperação, por exemplo no combate à pandemia da Covid-19 pelo mundo. E anunciou que os EUA destinarão US$ 2 bilhões para a Iniciativa Covax de distribuição de vacinas contra o vírus, além de cobrar trabalho conjunto para "reformar e melhorar" a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O presidente ainda confirmou a volta dos EUA ao Acordo de Paris, e agradeceu a liderança da Europa em questões ambientais nos últimos quatro anos, nos quais o país era governado por Donald Trump, que retirou os americanos do pacto.
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