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O presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Joe Biden, retirou nesta terça-feira (14) Cuba da lista de países que promovem o terrorismo, menos de uma semana antes de ser substituído na Casa Branca por Donald Trump, que em seu primeiro mandato colocou a ilha, comandada pelo regime comunista liderado pelo ditador Miguel Díaz-Canel, nessa relação.
Biden tomou a decisão para propiciar a “libertação de vários prisioneiros cubanos em um futuro próximo”, como parte de um processo mediado pelo Vaticano, segundo funcionários do governo americano.
O presidente em fim de mandato também suspendeu a possibilidade de cidadãos americanos processarem nos tribunais dos EUA a expropriação de suas propriedades em Cuba e suspendeu algumas sanções financeiras.
Como resultado dessas ações, a Casa Branca previu que “em um tempo relativamente curto” ocorrerá a libertação de um número “significativo” de prisioneiros em Cuba, incluindo pessoas que participaram dos protestos de 11 de julho de 2021 contra o regime comunista que controla o país caribanho.
Fontes do governo Biden explicaram que nos últimos anos receberam pedidos de vários parceiros, como Brasil, União Europeia, Espanha, Colômbia, Chile e Canadá, para retirar Cuba da lista de países que promovem o terrorismo.
A inclusão de Cuba na lista, em janeiro de 2021, foi uma das últimas decisões tomadas por Trump antes de deixar o poder em seu primeiro mandato.
Na época, os Estados Unidos justificaram a medida referindo-se à presença na ilha de membros do grupo guerrilheiro colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN), que viajaram a Havana para iniciar negociações de paz com o governo colombiano.
Essa designação provoca a proibição da venda de armas ao país, maior controle sobre suas exportações, restrições à ajuda externa, maiores exigências de visto e várias sanções econômicas.
Cuba entrou na lista em 1982, mas saiu em 2015, durante o período de reaproximação promovido pelo então presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2017), e voltou a ser incluída por Trump.
O governo Biden fez alguns gestos em relação à ilha comunista, como a eliminação do limite de remessas para Cuba, mas mantinha o país na lista. Segundo informações da Associated Press (AP), é esperado que Trump, que assume a Casa Branca nesta segunda-feira (20), revogue a decisão e volte a colocar Cuba novamente na lista de países que apoiam o terrorismo.