O presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniu nesta quarta-feira (3) com governadores filiados ao Partido Democrata a portas fechadas para acalmar os ânimos dentro da legenda após seu fraco desempenho no debate com o ex-presidente Donald Trump na semana passada.
Quase todos os 23 governadores democratas do país confirmaram presença na reunião com o presidente, virtual ou pessoalmente.
Entre eles havia dois dos favoritos para uma possível substituição de Biden, caso ele desista de continuar na campanha: a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, e o governador da Califórnia, Gavin Newsom.
A reunião não foi uma iniciativa da Casa Branca, mas surgiu como resultado de uma convocação para discutir o debate na segunda-feira pelo governador de Minnesota, Tim Walz, que também preside a Associação de Governadores Democratas.
Em declarações públicas, alguns governadores deixaram claro que veem a reunião como uma oportunidade para uma discussão franca com Biden sobre sua saúde. Por exemplo, o governador Andy Beshear, do Kentucky, disse à rede de televisão CNN na terça-feira que os governadores queriam "ter certeza de que ele está bem".
Outros, no entanto, querem aproveitar a oportunidade para mostrar apoio a Biden. Um deles é o governador Wes Moore, de Maryland, que deixou claro em uma entrevista à rede CBS no domingo que não tinha interesse em buscar a indicação caso Biden desista.
"Joe Biden não vai se retirar da disputa, nem deveria", afirmou na ocasião.
A reunião gerou grandes expectativas dentro do Partido Democrata, até mesmo entre doadores.
Por exemplo, John Morgan, um dos maiores doadores da legenda, pediu na rede social X que a campanha do presidente desse atenção especial às propostas de Beshear, que governa Kentucky, um estado onde os republicanos têm destaque.
"Rezo para que a campanha ouça atentamente Andy Beshear quando os governadores se reunirem com o presidente hoje. Ele é o único democrata a vencer DUAS VEZES em um estado muito vermelho (cor do Partido Republicano)", escreveu.
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