O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou nesta quinta-feira (6) que a Ucrânia tem permissão para usar armas americanas apenas contra o território russo que está próximo de sua fronteira, e confessou não estar particularmente preocupado com a última ameaça do ditador russo, Vladimir Putin.
"Não estamos autorizando ataques a 200 milhas dentro da Rússia e não estamos autorizando ataques contra Moscou, contra o Kremlin", disse o governante em entrevista à emissora ABC News na França, onde foi comemorar o 80º aniversário dos desembarques dos Aliados na Normandia.
O governo Biden deu permissão à Ucrânia no final de maio para atacar dentro da Rússia usando armas fornecidas pelos EUA, como foguetes e lançadores de foguetes, mas apenas perto da fronteira com a área ucraniana de Kharkiv.
Mesmo assim, ficou claro que a Ucrânia não poderia usar essas armas para atacar a infraestrutura civil ou lançar mísseis de longo alcance, como o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, para atingir alvos militares na região central da Rússia.
No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse posteriormente aos repórteres que a política dos EUA em relação à Ucrânia evoluiria conforme necessário.
Nesta quarta-feira (5), Putin ameaçou os países ocidentais com uma resposta "assimétrica" caso eles forneçam à Ucrânia armamento de alta precisão para lançar ataques contra alvos em território russo.
A ABC News perguntou a Biden se ele está preocupado com essas últimas declarações.
"Eu o conheço há mais de 40 anos. Estou preocupado há 40 anos. Ele não é um homem decente. Ele é um ditador e está lutando para garantir que manterá seu país unido enquanto continua esse ataque. Não estamos falando de dar-lhes armas para atacar Moscou, o Kremlin. Somente o outro lado da fronteira", explicou em um trecho da entrevista, que será transmitida na íntegra nesta quinta-feira. (Com Agência EFE)
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