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Status havia sido concedido no governo Obama para facilitar aquisição de armamentos americanos, mas perdeu o sentido após a volta do Talibã no primeiro ano da gestão Biden
Status havia sido concedido no governo Obama para facilitar aquisição de armamentos americanos, mas perdeu o sentido após a volta do Talibã no primeiro ano da gestão Biden| Foto: EFE/EPA/Ken Cedeno

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá revogar o status de aliado importante extra-OTAN do Afeganistão, concedido em 2012 por Barack Obama.

O anúncio foi feito pelo próprio Biden em uma breve notificação dirigida à presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, na qual relatou suas intenções sem fornecer mais detalhes.

Em 2012, os EUA designaram o país da Ásia Central como aliado estratégico não pertencente à OTAN para facilitar a aquisição pelo governo de Cabul, então aliado de Washington, de equipamentos militares americanos.

Graças a esse status, acelerou-se a cooperação bilateral em matéria de defesa, bem como a venda de equipamento militar, facilitando as exportações dos EUA.

Anteriormente, as Forças Armadas do Afeganistão, que dependiam fortemente dos EUA para adquirir armas, já desfrutavam de algumas dessas vantagens, mas com essa designação era garantido que continuariam ao longo do tempo.

No entanto, a situação mudou radicalmente no país no ano passado, quando os EUA encerraram 20 anos de ocupação no final de agosto de 2021, após uma retirada caótica e a tomada de quase todo o país pelo Talibã.

Washington retirou suas forças do território afegão em virtude de um acordo alcançado entre os insurgentes e o governo do ex-presidente Donald Trump (2017-2021).

Antes do Afeganistão, os EUA concederam o status de aliado importante extra-OTAN a outras nações, como Austrália, Egito, Israel e Japão, e mais recentemente, neste ano, à Colômbia.

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