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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (22) a imposição da primeira rodada de sanções econômicas contra a Rússia, com o objetivo de isolar Moscou do sistema financeiro ocidental.
“Este é o início de uma invasão da Ucrânia (...). Então, começarei a impor sanções em resposta”, disse Biden em um discurso na Casa Branca.
As sanções são uma resposta ao reconhecimento por parte da Rússia da independência das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e ao envio de tropas russas para a região de Donbass.
Biden anunciou “bloqueio total” a duas grandes instituições financeiras russas, “sanções abrangentes” à dívida soberana do país e a oligarcas próximos do Kremlin e seus familiares.
“Isso significa que tiramos o governo da Rússia do sistema financeiro ocidental”, disse Biden. “Ele não pode mais obter dinheiro do Ocidente e também não pode negociar novas dívidas em nossos mercados ou nos mercados europeus.”
A respeito das medidas contra oligarcas russos, o presidente americano apontou que “eles compartilham os jogos corruptos das políticas do Kremlin e devem compartilhar a dor também”.
Biden informou que sanções mais duras estão sendo preparadas. “Se a Rússia for mais longe com essa invasão, estamos preparados para ir mais longe com as sanções”, afirmou Biden.
Nesta terça-feira, ele recebeu o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, a quem prometeu assistência em questões de segurança e econômicas.
Em comunicado, a Casa Branca informou que o presidente americano reafirmou perante Kuleba o “compromisso dos Estados Unidos com a defesa da soberania e integridade territorial da Ucrânia”.
Biden detalhou ao representante da diplomacia ucraniana as sanções que Washington decidiu impor à Rússia. “Também afirmou que os Estados Unidos continuarão a fornecer assistência de segurança e apoio macroeconômico para ajudar a Ucrânia”, explicou o comunicado.
A Casa Branca ressaltou ainda que Biden responderá “de forma rápida e decisiva” a qualquer futura agressão russa contra a Ucrânia, e o fará em coordenação com seus aliados europeus.