Depois de cinco dias na China e uma parada na Mongólia, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegou no final da noite de segunda-feira ao Japão, para uma passagem-relâmpago de menos de 48 horas.
Já na manhã desta terça-feira, ele trocou gentilezas com o primeiro-ministro em final de mandato Naoto Kan, e buscou responder à crescente percepção de que ambas as economias, antes poderosas, agora estão em declínio. "Há vozes no mundo que nos consideram descartados; elas estão fazendo uma aposta muito ruim", disse Biden, referindo-se aos desastres naturais do Japão e aos problemas orçamentários dos EUA.
Biden ainda visitará áreas atingidas pelo tsunami de março no norte do Japão e uma base militar dos EUA. A visita é um dos últimos compromissos de Biden em seu tour pela Ásia.
O vice-presidente é a mais graduada autoridade dos EUA a visitar a região onde o terremoto e o tsunami de 11 de março ceifaram mais de 20 mil vidas e provocaram o acidente nuclear na usina de Fukushima. Com bases espalhadas pelo Japão desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA mobilizaram mais de 20 mil soldados e cerca de 160 aviões nas operações de socorro e recuperação depois da pior catástrofe do Japão em tempos de paz.
Biden deve visitar o aeroporto da cidade de Sendai, que foi inundado pelo tsunami e onde o uso de equipamentos pesados pelas tropas dos EUA respondeu pela maior parte do esforço de limpeza da "Operação Tomodachi (amigo)". A operação de socorro e a ajuda dos EUA na contenção do vazamento nuclear ajudaram a reconstruir as relações entre Tóquio e Washington, que há muito tempo eram tensionadas por uma disputa sobre a base aérea dos EUA na ilha de Okinawa. Muitos moradores da ilha, irritados com a ostensiva presença militar norte-americana no pós-guerra, pediram a retirada da base.
No ano passado, o ex-primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, renunciou depois de prometer a retirada da base e em seguida renegar a promessa, conseguindo irritar tanto os moradores de Okinawa quanto as autoridades de Washington. Desde então, EUA e Japão concordaram com um plano de transferência da base dentro de Okinawa, mas foram forçados a descartar o prazo para essa mudança, que terminaria em 2014. As informações são da Dow Jones. (Hélio Barboza)
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