Washington Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu na Antártida a causa provável da maior extinção da história da Terra que teria destruído entre 70 e 90% das espécies do planeta há 250 milhões de anos. Os cientistas descobriram no subsolo da Antártida vestígios do impacto de um cometa gigante que deixou uma cratera com mais que o dobro do tamanho da Suíça, e que seria responsável pelo fim do Permiano-Triássico, segundo um comunicado da Universidade de Ohio State (norte).
Este cataclismo, que teria provocado a desaparição de 90% das espécies marinhas e de 70% das espécies terrestres, não tinha até agora explicação. Ao cair o meteoro teria causado também a fragmentação progressiva do Gondwana, um supercontinente que reunia a maior parte do território atual do hemisfério sul, do qual faziam parte África, América do Sul e Austrália.
Segundo os cientistas, a cratera hoje escondida sob as geleiras da Antártida a cerca 1,6 quilômetros de profundidade teria 48,3 quilômetros de diâmetro. "Pesquisas que permitiram descobrir sua existência sugerem que ela teria sido criada há cerca de 250 milhões de anos, no momento da extinção do Permiano-Triássico, quando quase toda a vida animal na terra desapareceu", informa a universidade em seu comunicado.
"O tamanho e a localização (da cratera) na região de Wilkes Land no leste da Antártida, sugerem também que ela teria provocado o deslocamento do Gondwana criando uma falha tectônica que teria empurrado a Austrália para o norte", afirmam os cientistas.
De acordo com eles, a extinção do Permiano-Triássico havia aberto o caminho para o domínio dos dinossauros no mundo animal antes que esses desaparecessem há 65 milhões de anos, vítimas do impacto de um cometa gigante que teria aberto a cratera de Chicxulub, na península de Yucatan no México. Este cometa teria um diâmetro de 9,6 quilômetros, enquanto que o que caiu na Antártida pode ter tido um diâmetro de quatro a cinco vezes maior, de cerca de 48,3 quilômetros, segundo pesquisadores.