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Muitos milionários ficaram mais pobres no ano passado, mas os bilionários se saíram bem, usando suas equipes de administração de fundos para escapar da instabilidade econômica que atingiu os menos ricos, informou a empresa de pesquisas Wealth-X nesta segunda-feira (17).

O número de pessoas com ao menos 30 milhões de dólares subiu para 187.380, mas o total da fortuna deles caiu 1,8%, chegando a 25,8 trilhões de dólares - ainda uma soma maior do que as economias norte-americana e chinesa -, divulgou a Wealth-X em um relatório.

Os mais atingidos globalmente foram os que possuem entre 200 milhões e 499 milhões de dólares, cujos números caíram 9,9% e cujas fortunas encolheram 11,4%, informou o relatório chamado World Ultra Wealth Report, usando dados para o ano até 31 de julho. Os muito, muito ricos, entretanto, ficaram ainda mais ricos. O número de bilionários subiu 9,4%, chegando a 2.160 pessoas; a riqueza deles cresceu 14%, para 6,2 trilhões de dólares.

"Mesmo com um ou dois bilhões, eles têm um ambiente muito maior, eles têm muito mais assessoria sobre a forma de investimento. Certamente, eles ganham a atenção de todos os bancos importantes", disse à Reuters Mykolas Rambus, CEO da Wealth-X.

"Essa foi a questão sobre esse terço médio, a área arriscada entre 100 e 500 milhões de dólares. Não acho que pareça que esses caras empregam talento o suficiente para ajudar em seus portfolios e suas holdings a serem bem-sucedidas."

Enquanto a Europa enfrenta dificuldades e a economia norte-americana se recupera de forma irregular, os ricos estão deixando de especular para investir em empresas particulares, em commodities e propriedades, disse a Wealth-X, uma empresa sediada em Cingapura que fornece dados de inteligência sobre os ultra-ricos para bancos, arrecadadores de fundos e o mercado de luxo.

A Ásia sofreu a pior perda regional de riqueza, com um declínio de 6,8 por cento, totalizando 6,25 trilhões, em razão dos mercados de capitais mais debilitados e uma demanda menor por exportações do Ocidente, segundo a pesquisa.

Embora a riqueza também tenha encolhido na Europa, na América Latina e no Oriente Médio, os ricos viram suas fortunas crescerem na América do Norte (em 2,8 por cento, chegando a 8,88 trilhões de dólares) e na Oceania (alta de 4,4 por cento, chegando a 475 bilhões de dólares) - boa parte disso na Austrália.

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