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O ex-presidente norte-americano Bill Clinton voltou para casa e ao trabalho de ajuda ao Haiti na manhã de sexta-feira após ser submetido a uma bem-sucedida operação no coração em um hospital de Nova York para desobstruir uma artéria coronária que lhe causara dores no peito.

Mais tarde, Clinton divulgou uma nota para marcar o aniversário de um mês do terremoto no Haiti que matou mais de 200 mil pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados.

Imagens de televisão mostraram Clinton, que foi presidente entre 1993 e 2001, caminhando até o seu veículo ao deixar o hospital e depois chegando em casa em Chappaqua, subúrbio de Nova York.

"O presidente Clinton recebeu alta do Presbyterian/Columbia, de Nova York, esta manhã com uma saúde excelente", disse Douglas Band, assessor de Clinton, em um comunicado.

Clinton, de 63 anos, passou por uma operação de ponte de safena quádrupla em 2004 para liberar quatro artérias bloqueadas, e o último incidente ocorreu depois de duas viagens ao Haiti para colaborar com a ajuda humanitária aos afetados pelo terremoto devastador que atingiu o país.

"O presidente Clinton está com bom ânimo, e continuará concentrado no trabalho de sua fundação e nos esforços de longo prazo na reconstrução do Haiti", disse Band.

Dois stents foram colocados em uma das artérias coronárias de Clinton depois que os exames mostraram que uma das artérias operadas em 2004 precisava ser reaberta, disse o médico Allan Schwartz, chefe da cardiologia do Columbia, a jornalistas.

Ele afirmou que não havia indícios de que Clinton havia tido um enfarte nem de qualquer lesão no coração. Schwartz disse que Clinton poderia retomar seu "estilo de vida bastante ativo" e voltar ao trabalho já na segunda-feira. O médico deu ao presidente um prognóstico "excelente".

A mulher de Clinton, a secretária de Estado Hillary Clinton, chegou ao hospital na noite de quinta-feira, onde encontrou a filha Chelsea.

Uma importante autoridade disse à Reuters que a viagem de Hillary Clinton para o Catar e a Arábia Saudita, planejada para sexta-feira, havia sido adiada para sábado, mas o adiamento não afetaria suas reuniões nos dois países.

A Casa Branca informou que Clinton disse ao presidente Barack Obama que se sentia "absolutamente ótimo" após a operação.

Corrida e Hambúrgueres

A implantação de 'stents' é um procedimento relativamente rotineiro em pacientes como Clinton, que já sofreram problemas cardíacos.

Os stents são minúsculos tubos utilizados para manter abertas as artérias coronárias desobstruídas por meio de angioplastia. Atualmente eles com frequência são cobertos com medicamentos para ajudar a prevenir nova obstrução.

Assim como muitos norte-americanos, Clinton tem dificuldade para manter o peso.

Ele foi presidente durante oito anos de prosperidade econômica e tumultos políticos numa Presidência marcada por um escândalo sexual e de perjúrio. Enquanto esteve no cargo, ele ficou conhecido por gostar de hambúrgueres e de 'junk food' e também era visto com frequência correndo.

Depois da operação de 2004, ele pareceu mais magro e saudável do que quando presidente.

Clinton uniu-se ao ex-presidente George W. Bush numa campanha para arrecadar dinheiro para os sobreviventes do tsunami na Ásia de 26 de dezembro de 2004 que matou mais de 300 mil pessoas.

Ele também criou uma fundação para deixar um legado para além da Casa Branca, que pressiona grandes empresas e pessoas ricas a tentar ativamente resolver alguns dos piores problemas mundiais.

Mais recentemente, Clinton, como enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Haiti, coordenou iniciativas de assistência após o terremoto de 12 de janeiro.

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