O fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo, Bill Gates, alertou para a possibilidade de ataques bioterroristas nos próximos anos e cobrou que líderes mundiais realizem o que chamou de “jogos germinativos” (“germ games”) para prevenir futuras pandemias.
As declarações foram feitas em uma entrevista concedida ao presidente do Comitê de Saúde do Parlamento Britânico, Jeremy Hunt, e publicada pelo think tank Policy Exchange. O bilionário esteve esta semana em Glasgow, no Reino Unido, para a 26ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP26).
Os “jogos germinativos” a que Gates se referiu são exercícios para simular epidemias/pandemias e traçar estratégias para responder a elas. “Seria necessário provavelmente cerca de US$ 1 bilhão por ano para uma força-tarefa pandêmica no patamar da OMS (Organização Mundial da Saúde), para fazer vigilância e realmente fazer o que eu chamo de 'jogos germinativos' para treinamento”, afirmou.
“Digamos, e se um bioterrorista trouxesse a varíola para dez aeroportos? Como o mundo responderia a isso? Há epidemias de origem natural e epidemias de bioterrorismo que poderiam até ser muito piores do que as que vivemos hoje e, ainda assim, os avanços na ciência médica deveriam nos fornecer ferramentas para nos sairmos muito melhor”, argumentou Gates, que apontou que esse investimento em prevenção deveria ser “uma prioridade”, a ser concretizada a partir de 2022.
“Espero que, em cinco anos, eu possa escrever um livro chamado ‘Estamos prontos para a próxima pandemia', mas isso exigirá dezenas de bilhões em pesquisa e desenvolvimento – os Estados Unidos e o Reino Unido farão parte disso”, destacou.
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