O bilionário Bill Gates anunciou nesta quarta-feira (14) que aportará neste mês US$ 20 bilhões à Fundação Bill e Melinda Gates. Com isso, o orçamento anual da instituição vai crescer 50% em relação aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19.
O cofundador da Microsoft disse no seu blog pessoal que a pandemia e a guerra na Ucrânia são dois "contratempos" ao progresso das duas últimas décadas e ressaltou que "as grandes crises do nosso tempo exigem que todos façamos mais".
Gates também criticou a decisão pró-vida da Suprema Corte americana, classificando-a como um "grande revés para a igualdade de gênero, saúde das mulheres e progresso humano em geral".
O magnata enfatizou que está colocando grande parte de sua "energia e recursos" em inovações destinadas a prevenir pandemias, a ampliar a saúde global, a mitigar as mudanças climáticas, a melhorar a educação e a reduzir os custos alimentares.
Após o divórcio de Gates, foram levantadas questões sobre o futuro financiamento da fundação, já que Melinda French Gates disse no início deste ano que deixaria de dar a maior parte da sua fortuna à organização e a dividiria entre mais entidades.
Com os US$ 20 bilhões adicionais que Bill Gates vai adicionar aos cofres da fundação criada com a ex-esposa em 2000, o montante total chega a cerca de US$ 70 bilhões, e a previsão de orçamento anual passaria de US$ 6 bilhões dos tempos pré-pandemia para US$ 9 bilhões em 2026.
"Olhando para o futuro, o meu plano é dar toda a minha riqueza à fundação, menos o que gasto em mim e na minha família", comentou o empresário, que tem uma fortuna avaliada em cerca de US$ 122 bilhões.
Gates também agradeceu ao "guru" de Wall Street Warren Buffett e revelou que metade dos recursos da fundação até o momento procedem das doações do veterano megainvestidor, com um valor acumulado de cerca de US$ 45 bilhões.