O dono e fundador da Microsoft, Bill Gates, conseguiu, finalmente nesta semana, um diploma honorário de doutor em direito da universidade de Harvard, 30 anos depois de abandonar a prestigiosa universidade antes de terminar seus estudos para fundar a empresa de softwares.

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A Harvard concedeu na quinta-feira a "William H. Gates III" o título de "Doutor em Direito", numa cerimônia na qual pediu aos estudantes que ajudem a resolver "as piores injustiças do mundo".

Nascido em 1955, Bill Gates entrou em Harvard em 1973. Apaixonado pela informática, ele já tinha criado várias empresas e vendido programas.

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Foi em Harvard que ele conheceu Steven Balmer, a quem escolheu recentemente para sucedê-lo na Microsoft. Gates deixará suas funções na Microsoft em meados de 2008 para se dedicar à sua fundação humanitária, a mais rica do mundo, lembrou a universidade em seu site na internet.

Bill Gates deixou Harvard em seu último ano "júnior" para se dedicar à Microsoft, empresa que criou com seu amigo de infância, Paul Allen, em 1975.

"Esperei 30 anos para dizer: papai, sempre disse que voltaria e teria o meu diploma", brincou Gates em seu discurso de agradecimento, divulgado no site da universidade de Harvard.

"Mudarei de emprego no ano que vem, será bom ter finalmente um diploma no meu currículo", acrescentou. "Mas também sou aquele que empurrou Steve Balmer a deixar seus estudos de comércio, sou uma má influência".

Em seu discurso, ele disse que havia algo que não aprendeu em Harvard: as injustiças do mundo e a vida miserável de milhões de pessoas.

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"Ao deixar Harvard não sabia de nada (...), foram necessárias décadas para compreendê-lo", afirmou.

Ele também disse que ficou surpreso ao perceber que a economia de mercado não recompensa àqueles que salvam vidas, por exemplo ao distribuir vacinas, e pediu um "capitalismo mais criativo", convidando os estudantes de Harvard a se dedicar a estes problemas.

Dentro de 30 anos, "espero que vocês não se julguem só por suas realizações profissionais, mas também pelo que tiverem feito" para ajudar "pessoas do outro lado do mundo e que não têm nada em comum com vocês, exceto sua humanidade", concluiu.