Bin Laden divulga gravação criticando boicote ao Hamas

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Washington (Das agências internacionais) – O corte dos recursos repassados pelos países ocidentais ao governo palestino liderado pelo Hamas (grupo terrorista e partido político) provou que os Estados Unidos e a Europa conduzem "uma cruzada sionista contra o Islã". A declaração, atribuída ao líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, foi divulgada ontem. "O bloqueio que o Ocidente impôs sobre o governo do Hamas prova que há uma guerra dos cruzados sionistas contra o islã", diz a voz da gravação, referindo-se a cristãos e judeus. O áudio foi divulgado pela rede de TV Al Jazira.

A voz atribuída ao líder da Al Qaeda disse que os povos dos países ocidentais são responsáveis, igualmente a seus governos, por tal guerra. A voz pede, supostamente aos seguidores da Al Qaeda, que lutem contra as forças de paz da Organização das Nações Unidas em Darfur (oeste do país).

"Peço aos mujahedin (guerreiros), especialmente no Sudão e na península Arábica, que se preparem para uma longa guerra contra os saqueadores no oeste do Sudão. Nossa meta não é defender o governo em Cartum (capital do país), mas defender o Islã, sua terra e seu povo", diz a voz atribuída a Bin Laden na gravação.

Em 19 de janeiro último, Bin Laden informava que não seria capturado com vida. "Jurei viver apenas em liberdade. Mesmo se eu provar o gosto amargo da morte, não quero morrer humilhado ou enganado", disse. A CIA (agência de inteligência dos EUA) confirmou à época que a voz registrada na fita era mesmo de Bin Laden.

O líder da rede disse ainda que um novo ataque terrorista contra os EUA já está em andamento e que a realização de seu plano é apenas uma questão de tempo.

A inteligência americana confirmou desta vez também a autenticidade da mensagem de áudio atribuída ao líder da Al Qaeda, informou a Casa Branca ontem.

"Acabamos de ser informados pela inteligência que a gravação é autêntica", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan. "Continuaremos a lutar contra o inimigo e a dificultar seu plano de atacar os Estados Unidos".