O líder da rede terrorista al-Qaeda, Osama bin Laden, que até agora conseguiu escapar da caçada humana liderada pelos Estados Unidos, está fazendo planos para atacar o país, mas está isolado e obrigado a se esconder, disse nesta quinta-feira (24) o presidente norte-americano, George W. Bush.
"Ele não está solto por aí. Não está comandando desfiles", disse Bush numa entrevista coletiva, ao responder por que Bin Laden ainda não foi capturado. "Ele não está por aí alimentando os famintos. Está isolado, tentando matar gente para atingir seu objetivo."
Bush, que declarou depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 que queria Bin Laden capturado, vivo ou morto, prometeu que a caçada vai continuar.
Autoridades da área de segurança acreditam que Bin Laden e seu braço direito, Ayman al-Zawahri, estejam escondidos na região montanhosa da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
"Ele está numa região remota do mundo. Se eu soubesse exatamente onde ele está, tomaríamos as atitudes adequadas para puni-lo", disse Bush. "Ele está tentando estabelecer uma base de operações no Iraque", afirmou o presidente. Segundo ele, Bin Laden ainda não conseguiu isso, e essa é a razão de os EUA precisarem continuar envolvidos na guerra.
"Se ele tivesse conseguido criar uma célula interna que tivesse um refúgio seguro, estaríamos correndo um risco muito maior hoje", disse Bush.
O presidente dos Estados Unidos vem advertindo insistentemente que os soldados norte-americanos têm de permanecer no Iraque até que o país esteja em segurança e que a al-Qaeda tem de ser derrotada lá. Do contrário, argumenta Bush, executará novos ataques em solo norte-americano.
Bin Laden e Zawahri emitiram mensagens gravadas ao longo dos anos para mostrar que ainda estão vivos, apesar da caçada norte-americana.
Os democratas, que conseguiram voz mais forte quando obtiveram a maioria no Congresso nas eleições parlamentares do ano passado, criticam Bush pela guerra no Iraque, dizendo que ela está desviando recursos que deveriam ser aplicados na caça aos líderes da al-Qaeda.
"Espero que nosso mundo não tenha ficado tão cínico a ponto de não levar as ameaças da al-Qaeda a sério. Porque elas são de verdade", disse Bush. Ele parecia estar se referindo a declarações feitas pelo presidenciável democrata John Edwards de que Bush declarou a "guerra ao terror" só como um slogan para fins políticos.