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O fundador da al-Qaeda, Osama bin Laden, está vivo em uma região da fronteira entre o Paquistão e Afeganistão onde não há leis, afirmou neste domingo (22) Mike McConnell, chefe da da Direção Nacional de Inteligência dos Estados Unidos.

McConnell acusou o governo paquistanês de Pervez Musharraf de ter permitido que a al-Qaeda se reagrupasse através de um controverso acordo de paz assinado no ano passado com líderes tribais nas áreas fronteiriças. Lembrou, no entanto, que Musharraf continuava sendo um aliado chave de Washington.

"Minha opinião pessoal é que (Osama bin Laden) está vivo", disse à rede de televisão NBC o diretor nacional de inteligência ao ser consultado se o líder da al-Qaeda estava vivo. "Creio que está em uma região tribal do Paquistão".

Um novo relatório dos serviços de inteligência americanos divulgado na semana passada afirma que a rede al-Qaeda se reagrupou em seu refúgio paquistanês e está decidida a provocar danos maciços por meio de novos ataques contra os Estados Unidos.

McConnell afirmou que isto teria sido possível devido a um acordo em setembro entre o governo paquistanês e os líderes tribais pró-talibãs da região na fronteira com o Afeganistão.

Uma semana atrás, militantes tribais romperam o pacto e avivaram as tensões. A violência explodiu no Paquistão após a invasão da Mesquita Vermelha de Islamabad, considerada um refúgio para talibãs.

"Em vez de perseguir a al-Qaeda, deram a ela um refúgio para treinar e recrutar (novos membros)", acrescentou.

McConnell ressaltou que se Musharraf for obrigado a deixar o poder pela violência islamita e pela agitação em favor da democracia que sacode o Paquistão, isso terá um "impacto severo" na luta dos Estados Unidos contra o terrorismo.

"Mas o presidente Musharraf é um de nossos aliados mais importantes. É um moderado", afirmou.

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