Documentos encontrados na casa em Abbottabad, no Paquistão, onde Osama Bin Laden foi morto por um comando americano, revelam que o chefe da Al-Qaeda já não tinha qualquer controle operacional sobre a organização terrorista.

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Segundo uma fonte que analisou os documentos, que pediu para não ser identificada, centenas de agendas, cadernos e informações em computadores encontradas na casa em Abbottabad revelam que Bin Laden "há muito tempo já não estava envolvido na gestão diária de comando" da Al-Qaeda.

"Os textos que recuperamos são, na maioria, opiniões gerais no estilo 'como seguir atacando os Estados Unidos' ou 'Podemos confiar nos shebab somalis?'" - explicou a fonte à AFP.

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"Em uma pequena agenda com capa azul, Bin Laden se pergunta se deve promover certa pessoa para o lugar de um outro morto em ataque de aviões não tripulados dos EUA, mas não há nada que sugere gestão operacional da organização".

Segundo a fonte, quase 70% dos documentos apreendidos pelo comando que matou Bin Laden são sobre assuntos privados, como os esforços das mulheres do líder da Al-Qaeda para encontrar um marido para uma de suas filhas.

"Por razões de segurança, ele recebia mensageiros uma ou duas vezes por mês: como alguém poderia comandar uma rede nestas condições?".

"O verdadeiro chefe operacional da Al-Qaeda, que se ocupava do dia a dia, era Atiyah al Rahman. Sua morte foi um grande êxito para os Estados Unidos e uma perda inestimável para a organização".

O líbio Al Rahman, também conhecido por "Al Misrati", morreu no dia 22 de agosto passado, em um ataque de aviões não tripulados contra a zona tribal do Waziristão, no noroeste do Paquistão.

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