Rio de Janeiro O etanol de cana-de-açúcar produzido pelo Brasil enfrenta fortes barreiras comerciais em território norte-americano. Os Estados Unidos aplicam uma taxa de US$ 0,54 por galão, além de um imposto alfandegário de 2,5%.
Com essas políticas, Washington protege a produção de seu álcool derivado de milho muito mais caro , com o qual pretende reduzir sua dependência em relação ao petróleo importado no mercado de combustíveis.
Apesar das barreiras, o Brasil exportou, em 2006, cerca de 1,2 bilhão de litros de etanol aos EUA, por cerca de US$ 748 milhões, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Petrobrás, que tem pequena participação nas exportações de etanol, deve exportar neste ano 850 milhões de litros do combustível, principalmente para Estados Unidos, Venezuela e Nigéria. De acordo com o diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, esse volume alcançará 3,5 bilhões de litros em 2011, graças à atual associação com a japonesa Mitsui, para atender o mercado do Japão.
Já na semana passada, a companhia petrolífera exportou seus primeiros 12 milhões de litros para os EUA. A empresa deve fechar, nas próximas semanas, um contrato fixo de exportação de 20 milhões de litros mensais de etanol para a Venezuela.