A ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, supostamente usou drogas ilícitas, tinha fantasias sexuais com homens negros, foi uma mãe ausente e é "uma fraude total", segundo uma nova biografia que será publicada na próxima semana.
Em declarações ao programa "Today", Joe McGinniss, autor do livro "The Rogue: Searching For The Real Sarah Palin" ("A Trapaceira: À Procura da Verdadeira Sarah Palin", em tradução livre), afirmou que seu trabalho se baseia em mais de 200 entrevistas com pessoas conhecidas, associadas ou amigas da ex-governadora.
Para realizar todas as entrevistas necessárias, McGinniss decidiu alugar uma casa vizinha à de Sarah Palin em Wasilla, no Alasca, onde o escritor viveu por quatro meses.
Palin, de 47 anos, foi a primeira mulher candidata à Vice-Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Durante as eleições de 2008, a candidata se transformou em uma figura proeminente do movimento conservador Tea Party.
Embora apareça nas pesquisas, Palin ainda não confirmou sua candidatura presidencial para as eleições do ano que vem.
"Algo que realmente me surpreendeu foi que as pessoas que melhor a conhecem são as que menos simpatizam com ela", declarou McGinniss.
O marido de Palin, Todd, esquimó e membro de um sindicato, respondeu as declarações de Joe McGinniss.
"Mc Ginniss é um indivíduo que trafica intrigas e falsidades. Ele passou o último ano entrevistando figuras marginais, que têm suas queixas, e recolheu o que queria para o livro, que satisfaz sua própria obsessão doentia com minha esposa", disse Todd Palin, que tem cinco filhos com Sarah.
O jornal "The New York Times", em um comentário sobre o livro, indica que "quase tudo publicado ali é conhecido, mesquinho e disponível facilmente para qualquer um que tenha acesso à internet".
"McGinniss usou seu tempo no Alasca à procura de intrigas e não fatos em torno de Palin, freqüentemente obtidos de fontes não identificadas ou descritas como 'uma vizinha', ou 'um amigo'", acrescentou o jornal americano.
O método de trabalho do autor já estava sendo alvo de polêmica e brigas com a família Palin, que o acusava de invadir sua intimidade por ter se instalado na casa vizinha.
Para contornar o fato, os Palin chegaram a levantar uma cerca entre as duas casas depois que souberam que o novo vizinho queria escrever um livro sobre a ex-governadora.