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O bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, que foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão pela ditadura sandinista por “traição à pátria”
O bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, que foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão pela ditadura sandinista por “traição à pátria”| Foto: EFE/Jorge Torres

Fontes da Igreja Católica e diplomáticas ouvidas pelo jornal nicaraguense Confidencial informaram que o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, que havia sido libertado da prisão no início da semana, voltou ao presídio onde estava detido na manhã desta quarta-feira (5).

Segundo as fontes, Álvarez, que foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão pela ditadura sandinista por “traição à pátria”, voltou a ser encarcerado devido ao fracasso das negociações entre o Vaticano, o regime de Daniel Ortega e a Conferência Episcopal da Nicarágua.

O Vaticano enviou um representante diplomático do seu Ministério das Relações Exteriores a Manágua para negociar a libertação e exílio de Álvarez, mas não houve acordo.

Ele se recusa a ser exilado e demanda que todos os outros membros do clero presos pela ditadura da Nicarágua também sejam libertados e que sejam desbloqueadas as contas da Igreja Católica no país, condições que a ditadura sandinista não aceitou.

“A única circunstância em que monsenhor Álvarez aceitaria ir para o exílio é se o papa Francisco lhe pedisse ou ordenasse, e isso não aconteceu antes, nem nas conversas que ocorreram esta semana com um representante diplomático do Vaticano”, explicou uma fonte ao Confidencial.

Por sua vez, o cardeal e arcebispo de Manágua, Leopoldo Brenes, declarou que a notícia da libertação de Álvarez nunca passou de “pura especulação” e que “ele permanece na prisão La Modelo”.

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