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Bispos do Colorado pedem que parlamentares pró-aborto não comunguem
| Foto: Pixabay

Bispos do estado americano do Colorado divulgaram nesta semana uma carta aberta a parlamentares estaduais que votaram a favor da inclusão do aborto na legislação local, para pedir que esses políticos se abstenham de comungar.

No documento, divulgado na segunda-feira (6), é recomendado a esses legisladores que “se abstenham voluntariamente de receber a Sagrada Comunhão” até que manifestem “arrependimento” publicamente.

“O ônus de sua decisão não recai sobre os ombros de padres, diáconos ou leigos ministros extraordinários da Eucaristia. Ele recai sobre as consciências e almas dos políticos que optaram por apoiar esta lei maligna e injusta”, apontaram os bispos, em referência à chamada Lei de Equidade em Saúde Reprodutiva (RHEA, na sigla em inglês), aprovada no Legislativo do Colorado e assinada pelo governador democrata Jared Polis em abril.

A matéria estipula o “direito” ao aborto no estado, diante da possibilidade de que a Suprema Corte dos Estados Unidos anule a decisão do caso Roe vs. Wade, de 1973, que impede os estados americanos de proibir o aborto antes da chamada viabilidade – período mínimo de gestação para um feto conseguir sobreviver fora do útero, hoje estimado em cerca de 24 semanas.

No mês passado, o vazamento do rascunho de uma decisão majoritária da Suprema Corte indicou que o tribunal deve derrubar a jurisprudência de 49 anos atrás. O Colorado é um dos seis estados americanos em que o aborto é legal em todas as fases da gravidez – os outros são Alasca, Nova Jersey, Novo México, Oregon e Vermont, além do Distrito de Colúmbia.

“Votar na RHEA representa participar de uma ação gravemente pecaminosa, porque [a lei] facilita a morte de bebês inocentes que ainda não nasceram, e os políticos católicos que o fizeram muito provavelmente se colocaram fora da comunhão da Igreja”, acrescenta a carta, assinada por Samuel Aquila, arcebispo de Denver, Jorge Rodríguez, bispo auxiliar de Denver, Stephen Berg, bispo de Pueblo, e James Golka, bispo de Colorado Springs.

No final de maio, o arcebispo de São Francisco, Salvatore Cordileone, proibiu a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, de comungar na arquidiocese porque ela apoia o aborto.

Entretanto, dois dias depois, Pelosi foi vista comungando numa igreja na capital americana, Washington. Na mesma semana, ela criticou a Igreja católica, alegando que esta não condena a pena de morte com a mesma ênfase com que condena o aborto, e disse que Cordileone é “veementemente contra os direitos LGBTQ”.

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