A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos lançou nesta sexta-feira um site que contesta os pontos centrais do best-seller mundial "O Código Da Vinci".
O site , cujo título significa "Jesus decodificado", nega um ponto crucial para o romance, afirmando que o Novo Testamento "não oferece qualquer apoio à especulação de que Jesus teria se casado e teria um filho.
O livro de Dan Brown parte do princípio de que Jesus teria se casado com Maria Madalena e teria tido filhos, cujos descendentes se casaram com uma linhagem de reis franceses, que existiria até hoje. Nessa ficção, uma sociedade secreta baseada na França tenta reconduzir a linhagem de Jesus aos tronos europeus.
Os bispos disseram em nota que o site "apresenta o autêntico ensinamento católico sobre Jesus e as origens do Cristianismo e corrige desinformações que aparecem atualmente na imprensa popular".
O site desabona a idéia, contida no livro, de que a tela "A Última Ceia", de Leonardo da Vinci, mostra Maria Madalena se curvando a Jesus.
"O que esse romance faz com 'A Última Ceia', de Leonardo, faz com o Cristianismo também", diz a introdução do site. "Pede só às pessoas que considerem algumas poucas afirmações estranhas como equivalentes à tradição cristã", acrescenta.
E vai além:
"Algumas são meras distorções de hipóteses apresentadas por acadêmicos sérios, que fazem pesquisas sérias. Outras, porém, são imprecisas ou falsas".
Em um link sobre a abordagem das artes pelo romance, um historiador escreveu que, "além de jogar o Cristianismo no lixo, 'O Código Da Vinci', de Dan Brown, é um verdadeiro museu de erros no que diz respeito à arte do Renascimento".
Atualmente corre em Londres um processo no qual Brown é acusado de plagiar o livro de dois historiadores. Deve sair neste mês, em inglês, uma edição em capa mole do romance, com tiragem de 5 milhões de exemplares.