Folia em Foz| Foto: Reprodução Bom Dia Paraná

Londres – A Grã-Bretanha vai retirar nos próximos meses cerca de 1.600 soldados do Iraque e reduzirá de 7.100 para 5.000 seu contingente até meados deste ano – caso as forças locais consigam assumir as responsabilidades de segurança no sul do país árabe, anunciou ontem o primeiro-ministro Tony Blair.

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A Dinamarca também informou que todo seu contingente de 460 soldados sairá do sul do Iraque até agosto e a Lituânia afirmou estar "considerando seriamente" retirar seus 53 militares do país.

Diante da Câmara dos Comuns, Blair acrescentou ontem que as tropas britânicas continuarão no Iraque até pelo menos 2008 para garantir a segurança na fronteira do Iraque com o Irã e nas rotas de suprimento para as tropas dos EUA no centro do país.

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"A redução real de forças será dos atuais 7.100 (efetivos) – que já foram reduzidos dos 9.000 dois anos atrás e dos 40.000 na época do conflito – para cerca de 5.500", disse o primeiro-ministro.

Blair afirmou que a redução de tropas conta com a concordância do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki.

Com as forças iraquianas assumindo a segurança, o contingente da Grã-Bretanha poderá ser reduzido "possivelmente para menos de 5 000" quando uma base no Palácio de Basra for transferida para o controle do Iraque por volta de setembro.

"Tudo isso não significa que Basra está como queríamos. Mas significa que o próximo capítulo na história de Basra poderá ser escrito pelos iraquianos", discursou.

Blair advertiu, no entanto, sobre "o desafio de Bagdá". "Se não for possível garantir a segurança em Bagdá, o futuro do país estará em risco. Os inimigos do Iraque entendem isso. Nós entendemos isso", disse.

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Menzies Campbell, líder da oposição liberal-democrata a Blair, comentou que o plano ainda está muito distante da promessa de deixar no Iraque um "embrião da democracia" no Oriente Médio.

"A verdade intragável é que deixaremos para trás um país à beira de uma guerra civil, onde a reconstrução parou e a corrupção é endêmica", afirmou.

EUA

Os Estados Unidos avaliaram a decisão britânica de retirar 1.600 soldados do Iraque como uma demonstração de que a situação em algumas regiões deste país progride adequadamente. Os democratas aproveitaram para repetir que o presidente americano, George W. Bush, deveria fazer o mesmo que o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e tomar uma decisão parecida.

O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, afirmou que o anúncio britânico "indica que foram realizados progressos em Basra (sul do Iraque)". "O fato de que tenham progredido em algumas áreas tornou possível aos britânicos retirarem parte de suas forças", disse Snow.

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