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O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, anunciou na quarta-feira o início da retirada das forças britânicas do Iraque.

O anúncio foi feito no momento em que um novo contingente de milhares de soldados dos EUA desembarcava no país árabe para tentar restabelecer a ordem em Bagdá.

Blair, cujos índices de popularidade entre os eleitores britânicos caíram bastante devido à decisão dele de participar da invasão do Iraque, em 2003, disse que o número de soldados da Grã-Bretanha presentes ali diminuiria em 1.600 nos próximos meses, mas que os militares continuariam no país ao longo de 2008, se assim for requisitado.

``A redução feita agora no tamanho das forças significará uma queda dos atuais 7.100 soldados - um contingente menor do que o de 9.000 soldados dois anos antes e de 40 mil soldados na época dos conflitos - para cerca de 5.500'', afirmou Blair ao Parlamento.

``Os militares britânicos continuarão presentes (no Iraque) ao longo de 2008, pelo tempo que isso for requisitado e enquanto tiverem uma missão a cumprir.''

O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, disse, também na quarta-feira, que seu país retiraria todas as suas unidades de infantaria do Iraque até agosto e que as substituiria por um esquadrão formado por nove helicópteros.

O governo dinamarquês mantém atualmente cerca de 470 militares no Iraque.

A Austrália, outro importante aliado dos EUA no país árabe, afirmou na quarta-feira que, por enquanto, não tem planos para diminuir seu contingente militar ali.

O presidente dos EUA, George W. Bush, ordenou o envio de mais 21.500 soldados norte-americanos para o Iraque, onde as forças dos EUA somam atualmente 140 mil integrantes.

O vice-presidente do país, Dick Cheney, disse na quarta-feira que o governo norte-americano desejava encerrar sua missão no Iraque e ``regressar de forma honrada'' para casa.

Blair, que deve sair do cargo de premiê ainda neste ano, afirmou que a retirada dos soldados britânicos era reflexo do sucesso obtido no sul do Iraque, onde o comando da principal unidade do Exército do Iraque, em Basra, foi repassado aos iraquianos, na terça-feira.

Depois da invasão responsável por tirar o ditador Saddam Hussein do poder, os militares britânicos ficaram encarregados de controlar as quatro Províncias localizadas mais ao sul do Iraque, uma área de maioria xiita que tem se mostrado mais tranquila do que as áreas habitadas por xiitas e sunitas e patrulhadas pelos norte-americanos.

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