Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Londres – O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, prometeu ontem anunciar na próxima semana a data definitiva de sua saída do poder, e afirmou que, "com toda a probabilidade", deve ser substituído pelo ministro das Finanças, Gordon Brown.

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"Esclarecerei minha posição na próxima semana. Direi então algo definitivo", afirmou o líder trabalhista, que comemora nesta terça-feira o décimo aniversário de sua chegada ao poder.

Blair, primeiro político e levar os trabalhistas britânicos a ganharam três eleições seguidas, disse ser "uma honra, além de um privilégio ser primeiro-ministro" britânico.

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O premier sempre usou de muita ambigüidade em relação à data em que deixaria o número 10 de Downing Street, endereço do chefe de governo, bem como sobre quem preferia como seu substituto.

As declarações de ontem são as mais claras que já deu sobre o assunto. O chefe de governo, que voltou ontem a fazer campanha eleitoral na Escócia, onde, segundo todas as pesquisas, os trabalhistas podem perder pela primeira vez o governo autônomo, elogiou o ministro das Finanças que, assim como ele, é escocês. Brown "construiu uma das mais economias mais fortes do mundo e, como disse antes muitas vezes, seria um grande primeiro-ministro", afirmou Blair sobre seu correligionário.

Apesar dos elogios, que não são nenhuma novidade, Blair se absteve de dar seu apoio definitivo a Brown. Mas a imprensa considera que o premier pode fazê-lo na próxima semana, quando anunciar formalmente sua saída. Blair e Brown chegaram a um suposto pacto para dividir o poder antes da primeira vitória eleitoral trabalhista nos anos 90. Porém, o acordo teria sido interpretado de maneiras diferentes pelo premier e pelo ministro das Finanças, o que suscitou tensões entre ambos e levou à adoção de diversos tipos de manobras políticas por parte dos defensores de casa um deles. Os "blairistas", desconfiados em relação a Brown, chegaram a tentar convencer o ministro do Meio Ambiente, David Miliband, a enfrentar o titular de Finanças pela sucessão do premier, mas ele não aceitou.