Londres (Reuters) O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse ontem que grande parte do mundo baixou a guarda após o choque inicial dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA e pediu que não haja "nem uma polegada" de concessões ao terrorismo. Enquanto a polícia intensifica as buscas pelos quatro autores do frustrado atentado da semana passada, Blair tenta um acordo com líderes políticos para uma lei antiterrorismo mais abrangente.
"Nem uma polegada deve ser dada a essa gente. Não devemos dar a eles nem um vestígio de desculpas pelo que fazem", afirmou Blair em sua entrevista coletiva mensal. "O 11 de setembro foi para mim um despertador. Sabem o que eu acho? Grande parte do mundo acordou por pouco tempo, depois virou para o lado e voltou a dormir."
Blair insistiu que sua decisão de participar da guerra do Iraque não oferece justificativa para as ações de militantes islâmicos. O primeiro-ministro britânico, interessado em manter o consenso político sobre a nova lei antiterror, pediu ontem aos líderes da oposição que definam a melhor forma de avançar. Mas os líderes do Partido Conservador, Michael Howard, e dos Liberal-Democratas, Charles Kennedy, demonstraram receio com o pedido da polícia para manter suspeitos detidos sem acusação por até três meses.
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