O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, avisou nesta terça-feira (27) que os esforços para conseguir a libertação dos 15 militares britânicos detidos pela força naval iraniana podem passar a uma "fase diferente" se a diplomacia fracassar.

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Em declarações à rede "ITV", Blair afirmou que a principal preocupação de seu Governo é o bem-estar dos sete membros da infantaria da Marinha e oito marinheiros capturados na sexta-feira passada pelos iranianos no norte do Golfo Pérsico.

Segundo o chefe de Governo, o Reino Unido está fazendo o possível para resolver o incidente através dos canais diplomáticos. "Mas, se não funcionar, então teremos que passar para uma fase diferente", acrescentou.

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"No momento tentamos manter os canais diplomáticos e fazer o Governo iraniano entender que eles têm que ser liberados e que não há justificação alguma para que continuem detidos", ressaltou.

Perguntado sobre o significado da expressão "fase diferente", o primeiro-ministro respondeu que "será preciso ver, mas os iranianos devem entender que não podemos admitir uma situação na qual nossos homens e mulheres que estavam em águas iraquianas são detidos".

O Reino Unido insiste que os 15 foram capturados pela força naval iraniana em águas iraquianas, ao norte do Golfo Pérsico. Mas o Irã afirma que eles entraram em suas águas territoriais.

De acordo com as autoridades de Londres, o grupo, da tripulação da fragata Cornwall, tinha completado a inspeção de um navio mercante quando suas duas lanchas foram cercadas por navios iranianos e levadas às águas territoriais do Irã.

A fragata patrulha o Golfo Pérsico para manter a segurança nas águas territoriais iraquianas e proteger suas infra-estruturas marítimas.

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A captura aconteceu na sexta-feira, na área do canal Shatt al-Arab, no limite entre Iraque e Irã. O controle do ponto provocou a guerra entre os dois países, entre 1980 e 1988.

Houve um incidente semelhante em 2004, quando o regime iraniano manteve detidos durante três dias oito militares britânicos acusados de entrar de forma ilegal em águas do Irã, no Golfo Pérsico.