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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira (19) que a mais recente proposta de acordo para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas pode ser “a última oportunidade” para resgatar os reféns israelenses que ainda permanecem na Faixa de Gaza.
“É um momento decisivo, provavelmente a melhor e talvez a última oportunidade para devolver os reféns para casa, para conseguir um cessar-fogo”, disse o diplomata americano no início de uma reunião em Tel Aviv com o presidente israelense, Isaac Herzog.
Blinken, que faz sua nona visita a Israel desde os ataques de 7 de outubro, planeja reunir-se ainda com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e outras autoridades israelenses para tentar avançar com as negociações para um cessar-fogo em Gaza, após dois dias de conversas em Doha para refinar os detalhes do acordo.
O chefe da diplomacia americana deixou claro que seu país quer que haja um pacto o mais rapidamente possível, e destacou o envio de forças americanas para a região para tentar dissuadir o Irã e o grupo terrorista libanês Hezbollah de atacar Israel, o que poderia colocar as negociações em risco.
"Estamos muito preocupados com a possibilidade de que haja ataques do Irã, do Hezbollah e de outros atores [...] Os EUA estão tomando medidas para mobilizar forças aqui para dissuadir qualquer ataque e, se necessário, para defender [Israel] contra qualquer ataque”, declarou Blinken antes de seu encontro com Herzog.
O presidente israelense, por sua vez, agradeceu aos EUA pelo seu apoio e aos outros países mediadores, Egito e Catar, por seus esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo que permitiria a libertação dos reféns.
“Não há objetivo humanitário maior, nem causa humanitária maior do que trazer os reféns de volta”, comentou Herzog.
Apesar do impulso negociador, a ofensiva israelense em Gaza continua e, durante o domingo as tropas expandiram suas operações a partes de Khan Younis (sul) e, pela primeira vez, à cidade de Deir al Balah (centro), onde milhares de pessoas se refugiaram desde o início da ofensiva contra Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza.