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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o presidente israelense, Isaac Herzog, durante uma reunião em Tel Aviv
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o presidente israelense, Isaac Herzog, durante uma reunião em Tel Aviv| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN/ POOL EPA

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou nesta segunda-feira (10) ao Cairo, capital do Egito, no início de uma nova viagem ao Oriente Médio, a oitava desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, para promover a proposta de trégua na Faixa e libertar os reféns que seguem em cativeiro do Hamas.

Blinken se reunirá com o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, um dos mediadores entre Israel e Hamas, antes de continuar sua viagem ainda hoje para Israel, e depois à Jordânia e ao Catar.

Sua nova viagem visa pressionar as partes a aceitarem a proposta de cessar-fogo anunciada no final de maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, uma missão ofuscada pela crise política em Israel e pela crescente condenação no mundo árabe diante da morte de civis palestinos e à deterioração da situação humanitária em Gaza.

Essa proposta inclui um cessar-fogo, uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, uma retirada gradual das tropas israelenses de Gaza e a implementação de um plano de reconstrução para o enclave palestino.

O grupo terrorista Hamas não deu sua resposta oficial ao plano de Biden, embora tenha insistido repetidamente que só aceitará um acordo que garanta um cessar-fogo permanente e uma retirada completa das tropas israelenses da região.

Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cujo gabinete confirma ter autorizado seus negociadores a apresentar um projeto de trégua ao Hamas para libertar os reféns israelenses, deixou claro em diversas ocasiões que a guerra não terminará até que seu país alcance os objetivos militares, em particular a eliminação do Hamas.

A visita de Blinken ocorre em um momento de tensão política em Israel, por um lado, e de condenação no mundo árabe pela morte de civis palestinos no recente resgate por Israel de quatro reféns em Nuseirat, no centro de Gaza.

O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, anunciou neste domingo (9) sua renúncia por divergências com Netanyahu sobre a gestão da guerra em Gaza.

A renúncia de Gantz foi seguida pela do ministro sem pasta e membro observador do Gabinete de Guerra, Gadi Eisenkot, bem como de outro membro do mesmo partido, Unidade Nacional, Chili Tropper. (Com Agência EFE)

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