O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concordou nesta terça-feira (22) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre a necessidade de aproveitar a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, para chegar a um acordo para libertar os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza.
“O primeiro-ministro enfatizou que a remoção de Sinwar poderia ter um efeito positivo no retorno dos reféns”, declarou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que Blinken enfatizou “a necessidade de aproveitar a operação bem-sucedida de Israel (...), garantindo a libertação de todos os reféns e encerrando o conflito em Gaza”.
O chefe da diplomacia americana chegou a Tel Aviv nesta terça para ter reuniões com Netanyahu, com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e com outras autoridades israelenses de alto escalão para tentar relançar as negociações, paralisadas há meses, para um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza.
Durante sua reunião com o premiê israelense, Blinken reiterou a necessidade de Israel tomar “medidas adicionais” para impulsionar a entrega e a distribuição de ajuda humanitária no enclave, num momento em que as organizações internacionais alertam sobre a situação na região, especialmente no norte de Gaza, que está sob cerco há mais de duas semanas.
As autoridades também discutiram a situação no Líbano, onde as forças israelenses estão realizando uma ofensiva terrestre e aérea contra o grupo terrorista Hezbollah, aliado do Irã.
“O secretário reafirmou o compromisso inabalável dos EUA com a segurança de Israel”, disse Miller em comunicado.
Netanyahu agradeceu aos EUA por seu apoio “na luta contra o eixo do mal e o terrorismo do Irã”.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense, Blinken disse que estava “chocado” com o ataque à residência particular de Netanyahu em Cesareia, na região central de Israel, que foi diretamente atingida por um drone do Hezbollah no sábado.
Uma imagem divulgada hoje pela imprensa israelense mostra cinco janelas da casa danificadas pela explosão, que não perfurou o vidro aparentemente reforçado da casa. Nem o premiê nem sua esposa, Sara, estavam no local no momento do ataque.
A viagem do chefe da diplomacia dos EUA durará até sexta-feira, mas o Departamento de Estado ainda não detalhou quais países ele visitará além de Israel.
Essa é sua 11ª visita à região desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, no qual terroristas palestinos mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram outras 251, e o início da ofensiva israelense em Gaza.
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