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Blinken pede que Rússia assine o tratado de armas nucleares "Novo Start"
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pressionou a Rússia a retomar o acordo de armas nucleares “Novo Start”| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta quinta-feira (2) ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que a antiga república soviética assine o tratado "Novo Start", o único de redução de armas nucleares entre os dois países.

A imprensa americana divulgou informações sobre o encontro entre os responsáveis pelos corpos diplomáticos americano e russo, que aconteceu à margem da reunião de chanceleres das nações que integram o G20, em Nova Délhi, na Índia.

Essa foi a primeira reunião presencial entre Blinken e Lavrov desde o início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado.

Citando como fonte um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado, o jornal "The Washington Post" afirmou que Blinken mencionou três pontos com Lavrov: a assinatura do "novo Start"; que os Estados Unidos seguirão apoiando a Ucrânia na defesa contra a Rússia "durante o tempo que seja necessário".

Além disso, o secretário de Estado cobrou a libertação do americano Paul Whelan, que está preso na Rússia.

Blinken foi quem solicitou o encontro, algo que sugere, segundo o jornal, que o governo de Joe Biden quer manter abertas as linhas de comunicação com Moscou, apesar do apoio incondicional à Ucrânia.

A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, disse à imprensa que o secretário de Estado pediu para falar com Lavrov "sobre a marcha, no marco da segunda sessão do G20" garantiu não se tratar "de uma negociação ou reunião".

Desde que chegou à Nova Délhi, para a cúpula ministerial, o chanceler russo havia se encontrado com os ministros das Relações Exteriores de Brasil, China, Índia e Turquia.

O tratado Start foi assinado em Praga, na República Tcheca, em 8 de abril de 2010, pelos então presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev.

O pacto limitou o número de armas nucleares estratégicas, com um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos para cada uma das duas potências, em terra, mar ou ar.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, contudo, anunciou a suspensão da participação do país no tratado, devido às políticas do Ocidente.

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