Um internauta chinês foi condenado a 12 anos de prisão na terça-feira por "subversão do poder do Estado" depois de apoiar um movimento de dissidentes exilados que pede eleições livres no país, informou seu advogado.

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Yang Tianshui, 45, que está em custódia de autoridades desde dezembro do ano passado, não planeja apelar, em um protesto contra o julgamento que considerou como ilegal, disse seu advogado, Li Jianqiang.

Ele é um dos vários blogueiros e jornalistas que estão sendo julgados este mês, em meio a o que analistas afirmam ser um fortalecimento dos controles sobre a mídia e a liberdade de expressão do país.

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- Esperávamos o resultado, mas ainda não estamos satisfeitos porque ele é inocente - disse Li à Reuters.

A sentença foi uma das mais duras já aplicadas nos últimos anos contra um internauta. O escritor Shi Tao, que também usava a Internet, foi condenado em abril a 10 anos de prisão por vazar segredos de Estado ao exterior.

Antes de ser condenado nesta terça-feira, Yang cumpriu 10 anos de prisão por acusações de "contra-revolução" relacionadas às suas críticas contra a ação militar chinesa que culminou no massacre da Praça da Paz Celestial, afirmou a Comissão de Proteção a Jornalistas. Yang foi solto em 2000.

Yang foi preso depois de publicar textos na Internet apoiando o "Velvet Action of China", um movimento que faz referência à "Revolução de Veludo", que derrubou pacificamente o regime comunista na ex-Tchecoslováquia no final dos anos de 1980.

Ele foi acusado também de receber ilegalmente assistência financeira do exterior e de ajudar a organização de grupos regionais do Partido Democrático da China, atualmente considerado ilegal.

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A China foi o país que mais prendeu jornalistas em 2005 pelo sétimo ano consecutivo, afirma a Comissão de Proteção a Jornalistas.