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Nova York

Bloomberg ganha segundo mandato

O prefeito de Nova York, o republicano Michael Bloomberg, foi reeleito nesta terça-feira para um segundo mandato como era previsto, depois da campanha política mais cara na História da cidade.

Com 95% já apurados, Michael Bloomberg obteve 689.428 votos, 58% do total, 19 pontos acima de seu oponente, o candidato democrata Fernando Ferrer, que tem 461.480 votos, 39%. Esta diferença é levemente superior à que obteve seu antecessor, o popular Rudolph Giuliani, que ganhou a reeleição em 1997 com uma margem de 17 pontos.

Alguns especialistas estimaram que Bloomberg gastou entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões de sua fortuna pessoal para derrotar Ferrer, ex-presidente do distrito de Bronx, sobre o qual o atual prefeito apresentava nas pesquisas uma vantagem de 38 pontos.

Simpatizante do Partido Democrata durante muito tempo, Bloomberg foi para o lado dos Republicanos em 2001 para concorrer à prefeitura de Nova York. Mas não abandonou por completo suas idéias liberais, o que lhe garantiu apoio popular em uma cidade onde os democratas são cinco vezes mais que os republicanos.

Bloomberg agradeceu o apoio dos nova-iorquinos e anunciou mais quatro anos de trabalho independente e honesto.

- Estou ansioso para voltar ao trabalho. Continuarei trabalhando honestamente e com independência para que Nova York siga sendo uma cidade de oportunidades para os cidadãos - disse cercado de simpatizantes, em um ambiente de euforia.

O prefeito, que era democrata antes de se candidatar à prefeitura pelo Partido Republicano há quatro anos, recebeu uma telefonema de felicitação de Ferrer, de origem porto-riquenha.

- Ferer é um homem bom e um bom oponente - destacou.

A eleição desta noite é bem diferente da que houve há quatro anos, em novembro de 2001, ainda sob o impacto dos atentados de 11 de setembro.

- Mas hoje, diferentemente de há quatro anos, Nova York está viva e aberta para os negócios - indicou Bloomberg, que usou como principal argumento de sua campanha a recuperação econômica e psicológica registrada na cidade.

- A recuperação econômica voltou, mais empregos foram criados, os índices de delinqüência caíram ao nível mais baixo nos últimos 40 anos, e nível das escolas melhorou. Tenho o maior trabalho do mundo - garantiu Bloomberg, que trabalha com um salário de um dólar ao nao e que tem uma fortuna pessoal calculada em cerca de US$ 5 bilhões.

Bloomberg reconheceu que a campanha eleitoral, em que investiu US$ 70 milhões de seu patrimônio pessoal, foi bastante diferente, porque visitou cada bairro da cidade e contou com pessoas de todas as ideologias, credos e tendências.

Em um discurso populista, anunciou seu primeiro compromisso para esta quarta-feira. Bloomberg vai se encontrar com Anthony SantaMaria, um morador do Brooklyn que o reprovou na campanha de 2001 porque o político somente visitava seu bairro quando necessitava ganhar votos.

- Depois de vencer as primeiras eleições, fui visitá-lo. E hoje voltarei para mais uma visita - disse.

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