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Boca de urna aponta vitória de kirchnerista nas primárias argentinas

Daniel Scioli é o candidato da presidente Cristina Kirchner | Martin Acosta/Reuters
Daniel Scioli é o candidato da presidente Cristina Kirchner (Foto: Martin Acosta/Reuters)

O candidato kirchnerista, Daniel Scioli, da Frente Pela Vitória, aparece como o candidato mais votado neste domingo nas primárias presidenciais da Argentina de acordo com as sondagens de boca de urna. O segundo mais votado a aparecer nas pesquisas é o conservador Mauricio Macri, que é seguido pelo terceiro colocado, o peronista dissidente Sergio Massa.

A lei eleitoral permite que se divulguem porcentagens de votação apenas três horas depois do fechamento das urnas, o que ocorreu às 18h. Os primeiros resultados oficiais estão previstos para as 22h em Buenos Aires, mesmo horário de Brasília.

A primária foi adotada na Argentina em uma reforma eleitoral em 2009. Para chegar a eleição de outubro, o grupo deve atingir pelo menos 1,5% dos votos.

Scioli, governador da província de Buenos Aires e ex-vice-presidente é o candidato do partido da presidente Cristina Kirchner. Ele tem elogiado as políticas da atual presidente e também prometeu manter políticas sociais do kirchnerismo e avançar em reformas que forem necessárias.

Macri, prefeito de Buenos Aires e ex-presidente do clube de futebol Boca Juniors, prometeu profundas reformas com o objetivo de trazer investimentos privados. Ele se comprometeu a derrubar restrições para compra de dólares, promessa que o governo e alguns economistas consideram pouco realista. Se confirmada a tendência da boca de urna, Macri se impõe como o candidato da frente de oposição “Cambiemos”.

Já Massa, que ocupou cargos durante o primeiro mandato da presidente Cristina, se apresenta por conta própria e promete medidas contra a falta de segurança. Na primária, ele compete contra o governador de Córdoba, José Manuel De la Sota, também do peronismo dissidente.

A diferença de votos entre Scioli e Macri é vista como chave por analistas políticos. Se Scioli vencer com uma margem significativa, sua campanha estaria encaminhada para uma vitória em outubro, quando serão necessários ao menos 45% dos votos para evitar um segundo turno, ou então 40% junto com uma diferença de dez pontos sobre o rival mais próximo.

Mais de 32 milhões de pessoas estavam habilitadas para votar nas primárias, em que se elegem também candidatos a deputados e senadores nacionais e postulantes a cargos locais em seis distritos. Estima-se, porém, que a participação total não tenha chegado a 70% dos eleitores, o que se deve em parte a fortes chuvas e inundações nos últimos dias na província de Buenos Aires, principal colégio eleitoral.

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