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Moscou – Os ucranianos foram ontem às urnas, nas primeiras eleições parlamentares desde a Revolução Laranja. A oposição fez fortes críticas à organização das eleições, qualificadas pelas autoridades como as mais limpas e democráticas da história do país. É a primeira disputa eleitoral desde a entrada em vigor da reforma do sistema político que deu à Rada Suprema, o Parlamento unicameral do país, o direito de nomear o chefe do governo, prerrogativa que era exclusiva do presidente da República. Também pela primeira vez todos os deputados da Rada serão escolhidos por listas de partidos e blocos – 45 neste pleito – e para um período de cinco anos, um a mais do que nas legislaturas anteriores.

Ontem, os eleitores formaram filas para votar desde cedo na capital ucraniana, Kiev. Cerca de 37 milhões de ucranianos estavam registrados para votar para o Parlamento, composto de 450 membros. Entre os 45 partidos que participam da disputa, os principais são o Partido das Regiões, de Yanukovich; o Nossa Ucrânia, de Yushchenko; e o BYT, de Yulia Tymoshenko. Os partidos e blocos têm de obter mais que 3% dos votos emitidos para chegar à Rada.

Boca-de-urna

Uma pesquisa de boca-de-urna apontava como vencedor o Partido das Regiões (PR, opositor), embora a legenda não deva obter a maioria necessária para poder formar o governo.

De acordo com a enquete, divulgada em Moscou e realizada nas seções eleitorais de todas as capitais regionais ucranianas, o PR obteria 34,3% dos votos.

Em seguida, encontra-se o Nossa Ucrânia, do presidente Viktor Yushchenko, e o Bloco de Yulia Timoshenko, sua principal aliada durante a Revolução Laranja e que depois liderou seu primeiro gabinete até ser destituída em meio a denúncias de corrupção.

Os analistas indicam, no entanto, que a votação nas zonas rurais pode modificar a correlação a favor da Nossa Ucrânia, do Partido Socialista, do Partido Comunista e do Bloco Popular de Volodymyr Lytvyn, atual presidente do Legislativo.

A enquete dá ao Partida Comunista 2,6% dos votos, ao bloco opositor "Ne tak" ("Assim não") 2,2%, e ao Bloco Popular 1,6%.

Para poder formar governo, é preciso obter o apoio de mais de 50% dos deputados da Rada.

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