Pesquisas de boca-de-urna indicam que a a ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, de 50 anos, ganhou nesta quarta-feira (17) a eleição interna do Kadima. Se confirmada a vitória, Livni deve subtituir Ehud Olmert e tornar-se premiê de Israel.
Diferentes pesquisas divulgadas no fim da votação davam a Livni entre 47% e 49% dos votos, contra 37% do principal adversário, o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz, de 59 anos. Para vencer em primeiro turno, é necessário ter mais de 40% dos votos.
Pouco mais de uma hora depois da divulgação das pesquisas, Livni declarou-se vitoriosa. "Vocês foram incríveis", disse ela a seguidores. "Os bons sujeitos venceram... Só espero daqui para a frente não desapontá-los e fazer todas as coisas certas pelas quais vocês lutaram."
O gabinete confirmou que Olmert já telefonou para Livni parabenizando-a pela vitória.
Assessores de Mofaz disseram que ele só se pronunciará na quinta-feira.
Livni é considerada uma pragmática em temas como o processo de paz com os palestinos e a questão nuclear iraniana.
A ministra, que sempre ressalta sua honradez, promete dar novos ares a um partido sacudido por uma série de escândalos de corrupção que envolveram sua direção - inclusive Olmert, obrigado a renunciar por conta de envolvimento em corrupção.
A chanceler tem o apoio de pessoas próximas ao ex-premier Ariel Sharon, que fundou o partido em novembro de 2005 e está em coma desde janeiro de 2006.
Para ser eleito em primeiro turno, o futuro líder do Kadima deve obter mais de 40% dos votos. Caso contrário, será organizado um segundo turno, em 24 de setembro.
Outros dois candidatos, com poucas possibilidades de sucesso, disputam as primárias: Meir Shetreet, ministro do Interior, e Avi Dichter, ministro de Segurança Interna.
O vencedor tentará formar um novo governo. Se fracassar, terá de enfrentar em eleições legislativas antecipadas o líder da oposição conservadora, o ex-premiê Benjamin Netanyahu, chefe do partido Likud, que encabeça todas as pesquisas de opinião.
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