A Boeing continua lutando contra as novas ameaças à reputação de seu valorizado jato 787 Dreamliner. O engenheiro-chefe do programa Dreamliner, e vice-presidente da Boeing, Mike Sinnett, defendeu a segurança e a confiabilidade do novo avião e de seu inovador sistema elétrico.
Sinnett se recusou a comentar especificamente sobre a causa do incêndio em uma bateria de um Boeing 787 Dreamliner, nesta segunda-feira, em avião operado pela Japan Airlines (JAL), que estava estacionado no aeroporto internacional de Boston, nos EUA. As investigações sobre o incidente estão sendo conduzidas pelo Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês).
Mas na companhia, os primeiros comentários a respeito desse incêndio, segundo o executivo, dão conta de que o fogo e outros percalços técnicos que afetaram essa aeronave não indicam problemas gerais de segurança com o avião. "Eu estou 100% convencido de que a aeronave é segura para voar", afirmou Sinnett. "As verdadeiras questões são o impacto econômico para os clientes, e toda a nossa reputação. Então, estamos trabalhando muito para resolver essas questões", disse o executivo.
Entretanto, pessoas familiarizadas com as investigações disseram que o alto escalão da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) elevou sua preocupação sobre a onda de problemas elétricos com o Boeing, com ênfase para o fogo na bateria do jato da JAL, o que tem atingido o modelo desde sua introdução no mercado.
Ainda de acordo com uma fonte familiarizada ao assunto, os reguladores - FAA e NTSB - podem lançar algum tipo de revisão ou reavaliação do projeto e do processo de fabricação da aeronave, no que diga respeito ao sistema elétrico do Dreamliner. O Boeing 787 Dreamliner usa eletricidade para mais funções do que os modelos anteriores desenvolvidos pela Boeing. As informações são da Dow Jones.