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Plano de revitalização inclui o Café Pasaje, La Pastelería Florida, ambos fundados em 1936; El Café Saint Moritz (1937); a Pastelería Belalcázar (1942); o Salón La Fontana (1955); e o Café Restaurante La Romana (1964).
Dinheiro
O investimento da Colômbia para incrementar os cafés bogotanos é de cerca de 400 milhões de pesos (cerca de R$ 470 mil) em atividades culturais, como conversas com escritores, cineastas e pensadores.
Pessoas
Pelos cafés passaram figuras como o caudilho liberal Jorge Eliécer Gaitán e o poeta Leon de Greiff. Hoje, os bate-papos ocorrem com personalidades como a escritora Carolina Sanín e o cineasta Lisandro Duque.
Os cafés do centro de Bogotá, que foram ponto de encontro de artistas, intelectuais e personalidades da elite política e econômica do século 20, ressurgem após décadas de decadência, graças a um programa de revitalização.
No começo do século 20, existiam cerca de 90 cafés em Bogotá que tinham prestígio. Eram tempos nos quais as mentes brilhantes do país se reuniam para "regular o mundo em uma noite" com discussões, versos e argumentos, mas essa tradição foi silenciada com a explosão violenta de El Bogotazo.
A revolta popular de 9 de abril de 1948, que seguiu ao assassinato de Gaitán, e a ditadura do general Gustavo Rojas Pinilla (1953-1957) reduziram a frequência da intelectualidade nos cafés, que, com o passar dos anos e a modernização da cidade, entraram em decadência e a maioria acabou fechando as portas.
As lembranças das épocas em que Bogotá era conhecida como "A Atenas sul-americana" fizeram com que o Instituto Distrital de Patrimônio Cultural empreendesse uma cruzada para recuperar o centro histórico da cidade e fazer ressurgir a cultura dos cafés.
Com o programa "Bogotá em um café", lançado em 2013, a entidade que depende da prefeitura selecionou os estabelecimentos mais antigos ainda em funcionamento para ajudar na recuperação do seu esplendor.
O plano de revitalização inclui o Café Pasaje, La Pastelería Florida, ambos fundados em 1936; El Café Saint Moritz (1937); a Pastelería Belalcázar (1942); o Salón La Fontana (1955); e o Café Restaurante La Romana (1964), com um investimento próximo aos 400 milhões de pesos (cerca de R$ 470 mil) em atividades culturais para atrair novos clientes.
O instituto também procura incentivar que pessoas financiem reformas físicas em alguns dos cafés que necessitam de remodelação.
A ideia foi um sucesso e os cafés bogotanos com atividades culturais começaram a recuperar seu prestígio com grande presença do público. Durante a primeira etapa do programa, com oito encontros culturais, cerca de 590 pessoas apareciam por sessão.
Para este ano, estão programadas 15 "Tardes de Café", como se denomina os encontros com personalidades da cultura como a escritora Carolina Sanín, o cineasta Lisandro Duque e a arquiteta argentina Maria Nieves Arias.
Para empresário, ideia vai injetar nova vida no centro da cidade
A ideia de revitalizar os cafés bogotanos é considerada "oportuna" por César Iannini, proprietário do Café La Romana. Ele acredita que isso devolverá a vida ao centro da capital. "Os jovens são o público alvo dos cafés, pois gostam de se reunir para conversar", disse Iannini. Ele vê na geração atual uma oportunidade para que os estabelecimentos se posicionem novamente como os centros de debate de ideias que foram no passado não só para a capital Bogotá, mas para o país , ao redor de uma xícara fumegante da bebida colombiana.
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