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Bogotá vive dia de protestos de taxistas e motoristas de ônibus

Taxistas pararam o trânsito de Bogotá para protestar contra o aplicativo de caronas pagas Uber | Christian Escobar Mora/EFE
Taxistas pararam o trânsito de Bogotá para protestar contra o aplicativo de caronas pagas Uber (Foto: Christian Escobar Mora/EFE)

Bogotá vivenciou alguns contratempos nesta quarta-feira (29) durante uma jornada de protestos de taxistas e motoristas de ônibus que exigem melhores condições de trabalho e exigem a saída do aplicativo Uber da Colômbia.

Os principais focos de protesto estiveram no norte da cidade, em pleno setor empresarial, onde várias centenas de taxistas circularam em baixa velocidade piorando o já caótico trânsito nessa região.

Os taxistas levavam em seus veículos cartazes alusivos à legalidade de sua atividade e contra o Uber, empresa que teve ótima recepção no país devido à inconformidade dos usuários com o serviço de táxis.

Na Carrera Séptima, uma das principais artérias da cidade, na altura da rua 100, os taxistas causaram retenções do tráfego, e a polícia teve que enviar agentes com equipamento antidistúrbios para dissolver o protesto.

Posteriormente os manifestantes avançaram rumo ao sul da cidade em caravana através dessa via e desaceleraram a circulação no começo da manhã.

No entanto, tanto na região sul como no centro, o tráfego transcorreu com normalidade dentro das condições frequentes.

Fontes do Uber disseram à Agência Efe que essa empresa “defende o direito dos colombianos a escolher livremente as alternativas de mobilidade que se ajustem a suas necessidades e que lhes permitam movimentar-se com segurança, confiabilidade e eficiência”.

Além disso, justificaram que essa inovação tecnológica “está revolucionando a mobilidade urbana”, o que permite resolver deficiências do transporte público em cidades como Bogotá.

Os problemas históricos dos motoristas de táxi na Colômbia estão ligados a um sistema que por décadas descuidou da segurança, carece de transparência e não oferece alternativas de emprego autônomo com boas condições de trabalho e qualidade de vida.

Porta-vozes de Uber acrescentaram que o Ministério de Transporte deve atuar para solucionar “os problemas históricos dos motoristas de táxi”, assim como “atender o clamor cidadão de incluir novas opções”.

No caso dos ônibus, os líderes sindicais do Sistema Integrado de Transporte Público (SITP) de Bogotá tinham planejado uma “operação tartaruga” no qual os veículos circulam a uma menor velocidade, que por enquanto gerou algumas dificuldades no trânsito.

Em referência às reivindicações dos motoristas do SITP, o senador Jorge Enrique Robledo, do esquerdista Polo Democrático Alternativo (PDA), pediu que todas sejam atendidas.

Os funcionários do SITP, que faz parte do sistema de transporte em massa Transmilenio, dizem que essa empresa e a prefeitura de Bogotá não atendem seus pedidos por melhorias trabalhistas.

Na opinião de Robledo, é “inaceitável que as enormes utilidades dos proprietários privados de Transmilenio e do SITP” provenham dos subsídios oficiais e “dos maus-tratos a seus motoristas”.

O político afirmou que os motoristas são obrigados a realizar “jornadas trabalhistas superiores à já extensa de 10 horas diárias permitida por lei ou recebem altas multas que não são explicadas e que não respeitam o devido processo”.

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