Autoridades da Rússia devem ficar atentas às movimentações de boicote as eleições presidenciais de 2018, caso elas configurem ilegalidade, informou o Kremlin nesta terça-feira (26).
Os comentários ocorrem um dia depois de o Comitê Eleitoral da Rússia ter proibido formalmente o líder opositor Alexei Navalny de concorrer à presidência, levando-o a pedir que a votação do próximo ano seja boicotada. O atual presidente russo, Vladimir Putin, irá concorrer a um quarto mandato e a expectativa é que vença a eleição, marcada para 18 de março.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que não ia comentar sobre a decisão do Comitê Eleitoral, mas afirmou que "os pedidos de boicote serão cuidadosamente estudados, para ver se estão quebrando as leis".
Peskov também rejeitou alegações de que a ausência de Navalny na corrida presidencial possa prejudicar a legitimidade de uma possível reeleição de Putin.
A legislação da Rússia não confirma que boicotes são ilegais, mas no ano passado, autoridades bloquearam o acesso a diversos sites que faziam campanhas por boicote.
Com informações da Associated Press.
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