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Curitiba – Uma solenidade marca hoje, em Curitiba, o dia em que a maioria dos então 51 Estados membros fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU) ratificaram a Carta da instituição, em 24 de outubro de 1945 – a data se tornou o "Dia da ONU. As estrelas são os veteranos das forças de paz da ONU, os chamados "boinas azuis". Em 2005 a comemoração é ainda mais especial por causa dos 60 anos da entidade, explica Isodoro Baçon, presidente da Associação dos Ex-Integrantes das Forças da Paz da ONU – Boinas Azuis.

Baçon esteve entre os brasileiros enviados ao Canal de Suez, nas décadas de 50 e 60. Foi a primeira missão de paz da ONU e incluiu outros nove países, além do Brasil – várias outras campanhas se seguiram, com participação verde-amarela, especialmente em países de língua portuguesa. Os boinas azuis começaram a realizar a cerimônia em homenagem às Nações Unidas em 1989, quando foi criado um monumento em homenagem aos pacificadores. "Que eu saiba, somos os únicos no Brasil a hastear a bandeira da ONU em praça pública. Se hoje já houver outros, mesmo assim fomos os primeiros", afirma Baçon. Na Praça das Nações, que já tinha esse nome, foi colocado um monumento em homenagem ao Batalhão Suez. "Levaram a placa de bronze e a de alumínio, mas a de granito acho que vai ser mais difícil carregar", comenta sobre o vandalismo que já atacou o memorial duas vezes. As placas no monumento homenageiam o Batalhão Suez e as tropas que estiveram em Angola.

A comemoração deste ano inclui a lembraça do "boina azul número um", nas palavras de Baçon: Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, morto em um atentado no Iraque, em 2003. "Ele esteve na Bósnia, no Timor Leste, pegou sempre as piores missões e as executou com galhardia", elogia o veterano de Suez. A homenagem será lida pelo major Moisés da Paixão Junior, do 5.° Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, sediado no bairro Boqueirão.

Além da bandeira da ONU, serão hasteadas também as bandeiras dos países que participaram da força de paz enviada ao Oriente Médio. "Foi um trabalho conseguir todas elas. A maioria veio dos Estados Unidos", recorda o presidente da associação de veteranos, que lamenta a ausência de representantes das nove nações que, ao lado do Brasil, mantiveram a paz na Faixa de Gaza por mais de uma década. Além dos boinas azuis do Batalhão Suez, participam de um desfile os militares que fizeram parte das outras missões com participação brasileira, alguns deles ainda na ativa.

Serviço: Solenidade em comemoração aos 60 anos da ONU; hoje, 10 horas, na Praça das Nações, Alto da XV.

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