O líder da milícia islamita Boko Haram, da Nigéria, negou que tenha aceitado um cessar-fogo com o governo do país e afirmou, em vídeo divulgado na madrugada da sexta, que as mais de 200 meninas raptadas em abril se converteram ao Islã e se casaram. "A questão das garotas está há muito tempo esquecida, porque eu as casei", disse Abubakar Shekau, rindo.
Em abril, 276 garotas com menos de 18 anos foram sequestradas enquanto faziam uma prova em um colégio católico de Chibok, no norte do país. Muitas delas conseguiram escapar, mas mais de 200 seguem desaparecidas.
"Voltar atrás não é uma opção nesta guerra", afirmou ele no vídeo, que foi recebido por agências de notícias e jornais locais, como mensagens anteriores. O chefe do departamento de defesa nigeriano, Alex Badeh, anunciou em 17 de outubro que o Boko Haram havia aceitado um cessar-fogo que poria em pausa uma insurgência que dura cinco anos, matou milhares de pessoas na Nigéria e levou centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas no norte do país.
Ainda que o governo tenha anunciado o cessar-fogo, ataques e raptos continuaram. Nesta semana, a cidade de Mubi, com mais de 200 mil habitantes, foi cercada pela milícia. Shekau anunciou em agosto que o Boko Haram deseja fundar um califado islâmico, similar à intenção do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Segurança
Reino Unido emite alerta de risco de terrorismo a viajantes
O Reino Unido divulgou na sexta um comunicado a todos os cidadãos que saem do país, alertando do risco de terrorismo a que eles podem estar submetidos com ataques da milícia Estado Islâmico. O Ministério de Relações Exteriores inglês geralmente emite alertas individualmente para cada país que seus cidadãos possam visitar, mas este foi emitido para todos os viajantes, por temor que o Estado Islâmico busque vingança pelas ações militares feitas pela coalizão que o Reino Unido integra no Oriente Médio.
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