Manágua (EFE) O presidente da Nicarágua, Enrique Bolaños, disse ontem que não se defenderá se o Parlamento retirar sua imunidade e o Poder Judiciário o processar por supostos crimes eleitorais. O governante disse à televisão local em Masaya, 30 quilômetros ao sudeste de Manágua, que não sabia que estava sendo acusado por estas instituições "porque não têm estatura moral para julgar ninguém".
Bolaños acrescentou que, na Nicarágua, não há justiça, mas "perseguição política" dos liberais e sandinistas contra seu governo.
Quanto à possibilidade de se defender quando a perda de sua imunidade estiver em debate no Legislativo, em data ainda não definida, Bolaños respondeu que, neste caso, "é impossível se defender, porque não há justiça e (os deputados) fazem seu capricho". Bolaños disse que considerava a discussão sobre sua imunidade um golpe de Estado em andamento.
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