A força de combate ao tráfico da Bolívia abateu a tiros na segunda-feira (20) um monomotor que carregava pelo menos 120 kg de cocaína e que seria tripulado por brasileiros, segundo as primeiras informações. O piloto morreu e o co-piloto ficou ferido, afirmou a imprensa local.

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A operação aconteceu no distrito de Santa Cruz, região em que os traficantes costumam usar qualquer clareira ou planície como pista de aterrissagem.

Segundo o jornal "La Razón", o piloto morreu carbonizado e o co-piloto sofreu queimaduras de segundo grau em 75% do corpo. Presume-se que os tripulantes fossem brasileiros que moravam no Paraguai. Os cúmplices deles teriam fugido com a chegada da polícia.

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Foi a primeira vez em pelo menos 20 anos que as autoridades bolivianas registram o abate de um avião carregado de cocaína.

O promotor Joadel Bravo disse ao jornal que o incidente aconteceu em uma pista improvisada em meio a uma plantação de soja, a cerca de 70 km da cidade de Santa Cruz.

"(Na manhã de segunda-feira), a aeronave aterrissou, foi carregada com cocaína e combustível e se preparava para decolar. Nesse momento os agentes da FELCN (força antidrogas) se identificaram, os traficantes atiraram neles e começou a troca de tiros", contou o promotor.

Segundo ele, o Cessna decolou no meio do confronto, mas foi abatido em seguida pelos policiais.

Produção de cocaína

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Segundo várias denúncias da embaixada dos Estados Unidos em La Paz, a produção de cocaína aumentou desde que Evo Morales assumiu a Presidência da Bolívia, em janeiro de 2006.

O governo boliviano nega e afirma que está implementando um programa eficaz de redução do cultivo da folha de coca, em colaboração com os sindicatos de cocaleiros, liderados pelo próprio Morales.

A Bolívia é considerado o terceiro maior produtor de coca e cocaína do mundo, depois de Colômbia e Peru.