O governo da Bolívia anunciou nesta terça-feira (31) o rompimento das relações diplomáticas com Israel.
Segundo a agência Reuters, o governo do esquerdista Luis Arce acusou Israel de “cometer crimes contra a humanidade nos seus ataques à Faixa de Gaza”, onde o Estado judeu realiza uma ofensiva em resposta aos ataques terroristas do Hamas ao seu território no último dia 7.
“Exigimos o fim dos ataques na Faixa de Gaza, que até agora custaram milhares de vidas de civis e causaram o deslocamento forçado de palestinos”, disse a ministra da Presidência, María Nela Prada, em coletiva em La Paz.
Em 2009, quando Evo Morales era presidente da Bolívia, o país também cortou relações diplomáticas com Israel em protesto contra ações militares na Faixa de Gaza. Em 2020, o governo de Jeanine Áñez restabeleceu as relações.
Apesar do rompimento político com Arce, Morales vinha pedindo para que o governo da Bolívia cortasse novamente os laços diplomáticos com os israelenses.
No último dia 18, o Ministério das Relações Exteriores boliviano já havia divulgado um comunicado no qual condenou “veementemente o bombardeio perpetrado por Israel contra o Hospital Al-Ahli, em Gaza, que infelizmente causou centenas de mortos e feridos entre a população civil palestina, incluindo um grande número de crianças”.
Entretanto, Israel negou a autoria do ataque e divulgou imagens para sustentar que a tragédia foi resultado de um erro no lançamento de um foguete de outro grupo terrorista, a Jihad Islâmica.
No comunicado do dia 18, a Bolívia disse condenar “todos os atos violentos e manifesta a sua preocupação com a escalada de violência imposta por Israel com base na sua política de apartheid e expansionista, enquanto potência ocupante da Palestina”.