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Evo Morales comanda a Bolívia desde 2006 e pode estender seu mandato, se aprovada e confirmada a reeleição, até 2025 | DM/DN/HANDOUT
Evo Morales comanda a Bolívia desde 2006 e pode estender seu mandato, se aprovada e confirmada a reeleição, até 2025| Foto: DM/DN/HANDOUT

O governo boliviano sancionou nesta quinta-feira (5) a convocação de um referendo que definirá se o presidente Evo Morales poderá se candidatar novamente à presidência para o mandato de 2020 a 2025. O Congresso aprovou a medida em votação. A votação popular acontecerá em 21 de fevereiro de 2016.

Evo Morales quer mudança na Constituição e sinaliza permanência no poder até 2030

Evo Morales está consciente de que pode ser o único sobrevivente de uma geração de líderes da esquerda latino-americana. Enquanto ao seu redor alguns morreram — Hugo Chávez e Néstor Kirchner — outros se foram, ou se vão — Lula, Cristina Kirchner — e outros sofrem um enorme desgaste que põe em risco seu futuro — Maduro, Dilma, Bachelet, Correa —, ele promove agora uma mudança constitucional para permitir uma nova reeleição e fala inclusive de seguir no poder até 2030.

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A decisão de levar adiante o referendo esteve em discussão durante os últimos meses, sendo apoiada pelo governo e criticada pela oposição. Morales assumiu a presidência em 2006, e promulgou a nova Constituição em 2009, mudando o status do estado boliviano para plurinacional.

Com isso, foi reeleito para o período 2010-2015 como se estivesse em seu primeiro governo, e conquistou o terceiro mandato para 2015-2020 — em nome da reeleição simples.

A oposição considera as alterações e interpretações da lei por Morales como ilegais. Dispersas e sem liderança, as forças contrárias a Morales farão campanha pelo ‘Não’ no referendo.

“O governo não está cumprindo a Constituição, está mudando as regras do jogo a cada cinco anos para permitir uma nova reeleição, porque esta seria a terceira reeleição”, protestou o senador opositor Oscar Ortiz.

Apesar dos rechaços às decisões que permitem a Morales disputar novas eleições, o povo boliviano continua aprovando a gestão do líder indígena: com avaliações positivas de seu governo na maioria dos levantamento, 49% dos entrevistados apoiam a ideia de um novo mandato para ele, bem à frente dos 39% contrários.

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