O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, disse ontem que o país reforçará seu contingente militar nas zonas fronteiriças com Brasil e Paraguai a fim de combater o narcotráfico. "Será reforçada onde não há uma forte presença do Estado", afirmou. "Nestas zonas, foram criados feudos, senhores de terra, e prosperaram sem controle o narcotráfico e o tráfico de armas."
Nas últimas semanas, a força antidrogas da Bolívia encontrou no leste do país, em região fronteiriça com Brasil e Paraguai, diversos laboratórios para fabricar cocaína. Também houve uma matança de três sérvios e três bolivianos, aparentemente em um ajuste de contas entre duas quadrilhas de narcotraficantes.
García afirmou que há um esforço das autoridades para detectar a possível existência de policiais e civis envolvidos com as quadrilhas. "Com o traslado de unidades militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, vamos ter maior controle estatal de soberania nestas zonas fronteiriças", afirmou Linera. Desde o início do ano, a polícia da Bolívia já descobriu 12 laboratórios para a produção de drogas e apreendeu 13 toneladas de cocaína.
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