O governo boliviano rechaçou "enfaticamente" nesta sexta-feira as declarações da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que advertiu os países latino-americanos de "consequências" se eles se aproximassem do Irã.
Hillary disse que é uma "péssima ideia" manter relações com a República Islâmica, a qual qualificou de "a maior patrocinadora, promotora e exportadora de terrorismo no mundo".
"Rechaçamos enfaticamente qualquer ingerência ou tentativa de ingerência em assuntos internos da Bolívia", disse em entrevista coletiva o vice-chanceler boliviano, Hugo Fernández.
Com a chegada de Evo Morales ao poder em 2006, as relações diplomáticas de Bolívia e Irã se estreitaram. Há duas semanas o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez uma visita a vários países da América Latina, incluindo Bolívia, Brasil e Venezuela.
"A secretária (de Estado, Hillary) Clinton diz que é péssima ideia ter relações com o Irã. E, aparentemente, o que é péssima ideia para os Estados Unidos deveria ser péssima ideia para todo o mundo. Isso é um erro porque não estamos mais nessa época", disse Fernández.
"Esse tipo de expressão tem que acabar... se os Estados Unidos têm um mal-estar com o Irã, não necessariamente temos que ter", acrescentou.
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