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O presidente da Argentina, Javier Milei, recusou convite para fazer parte do Brics.
O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O principal índice que mede o desempenho das ações mais líquidas da Argentina negociadas na Bolsas y Mercados Argentinos (BYMA), S&P Merval, bateu recorde na sexta-feira (19). O indicador registrou 1.174.875 pontos, com alta de 3,6% no último pregão. Desde a vitória do novo presidente da Argentina, Javier Milei, nas urnas, o índice disparou 82,1%. O avanço do mercado de ações do país foi de 9,73%, em 5 dias seguidos.

Desde que assumiu, o libertário Milei tem adotado uma série de medidas para mudar o cenário econômico da Argentina. Dentre as medidas, estão a tentativa de aprovar uma reforma trabalhista, que visa flexibilizar as relações de trabalho e reduzir os custos das empresas. A reforma, no entanto, foi suspensa temporariamente pela justiça do país.

Quarenta dias após tomar posse, o governo de Javier Milei anunciou também uma redução nos gastos com assistência social na Argentina. A nova gestão decidiu cortar mais de 27 mil pessoas da lista de beneficiados depois de identificar irregularidades nos pagamentos.

Desde que assumiu, Milei também decidiu que a Argentina não fará parte dos Brics. Em carta sobre a decisão, enviada ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e aos demais presidentes dos países membros, o libertário argumentou que a entrada da Argentina no bloco não era "adequada". "Como sabe, a marca da política externa do governo que presidi há alguns dias difere em muitos aspectos da do governo anterior. Nesse sentido, algumas decisões tomadas pela gestão anterior serão revistas. Dentre elas está a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país no Brics, conforme indicou o ex-presidente Alberto Fernández em carta datada de 4 de setembro", destacou o libertário na carta enviada à Lula.

Como consequência imediata das ações de Milei, a Argentina tem enfrentado uma hiperinflação, que atingiu 200%. Trata-se do mais alto índice desde 1990. O plano do governo de Milei, no entanto, prevê que o equilíbrio fiscal será atingido ainda neste ano e, assim, acabará com a emissão monetária à qual a Argentina recorreu até agora para financiar o déficit.

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